Bispos suíços: não à proibição da burca e sim à proteção religiosa


Cidade do Vaticano (RV) – Em comunicado conclusivo de mais uma Assembleia Ordinária realizada em Fischingen, na Suíça, os bispos escreveram: “a liberdade de religião, garantida no país, autoriza o uso de roupas e símbolos religiosos no espaço público”. No documento, a Conferência Episcopal local faz referência à recente proposta de proibir a burca e outras vestimentas semelhantes.

Abaixo-assinado contra a burca, sinal de insegurança

Para a iniciativa estão sendo recolhidas assinaturas com a intenção de que venha registrada, na Constituição Federal, a proibição de esconder o rosto em público. Mas esse é “um sinal de insegurança para ser analisado seriamente”, comentam os bispos suíços, acrescentando porém que “a roupa não deveria barrar a possibilidade de ser reconhecidos em qualquer momento, a fim de garantir a segurança pública e a coexistência pacífica” no país.

A misericórdia nas religiões monoteístas

Além disso, foi anunciada a publicação de um folheto informativo sobre o tema da Misericórdia nas três religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo). O documento, que será redigido por um grupo de trabalho sobre o islamismo, deve ser lançado nos próximos meses com a conclusão do Jubileu da Misericórdia.

Encontro com as Igrejas Protestantes

Com a conclusão da Assembleia Episcopal, os bispos encontraram membros do Conselho da Federação das Igrejas Protestantes Suíças para “uma troca amigável e um diálogo teológico e ecumênico aprofundado”. Em especial, sublinha a nota conclusiva do encontro, foi examinado um estudo internacional ecumênico intitulado “A Igreja para uma visão comum”, conduzido pelo Conselho Mundial das Igrejas, em colaboração com a Igreja católica.

Superar as divisões

O presidente da Federação das Igrejas Protestantes, Goofried Locher, explicou que “refletir juntos permitiu perceber, mais uma vez, que devemos superar as nossas divisões se queremos cumprir a missão que Deus nos dá”. Daqui, o convite para nos concentrarmos nos “desafios comuns na transmissão da fé cristã”. Da outra parte, Dom Charles Morerod, presidente da Conferência Episcopal, observou: “lembremo-nos que a nossa missão não é somente aquela de organizar da melhor forma o mundo, mas de acolher a presença de Deus e ouvir a sua palavra”.

Iniciativas para aniversário de 500 anos da Reforma

O encontro conjunto permitiu também o exame de dois projetos ecumênicos em preparação ao aniversário de 500 anos da Reforma que acontece em 2017: trata-se de uma celebração ecumênica em Zugo, em primeiro de abril do próximo ano, e um pavilhão conjunto das igrejas suíças para a Mostra Mundial sobre a Reforma em Wittenberg, na Alemanha, de 20 de maio a 10 de setembro de 2017. (AC)








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