Cristãos têm a esperança de que Deus não abandonará a Criação

“Como cristãos, temos esperança. Acreditamos que Deus não abandonará a Criação e que nós próprios podemos tornar-nos faróis dessa esperança, difundindo as sementes para um futuro melhor”. É quanto afirma o pastor Olav Fykse Tveit, secretário geral do Conselho Ecuménico das Igrejas (WCC), numa mensagem-vídeo para o Dia Mundial de Oração e Cuidado pela Criação que ocorreu a 1 de setembro.

Ele exorta todos os cristãos a rezaram, mas também a agirem de forma concreta a favor da Criação e em particular a pressionarem os governos a fim de que ratifiquem o acordo de Paris sobre o clima; a pedirem indicadores alternativos de crescimento  que meçam a saúde das comunidades e dos ecossistemas e peçam também mais investimentos em fontes alternativas aos combustíveis fósseis.

Nesta ordem de ideias o WCC, em colaboração com outros organismos, entre os quais a Rede de Oração Mundial do Papa e o Movimento Global Católico para o Clima (GCCM), realizou um sítio web – www.SeasonofCreation.org - em que os cristãos são solicitados a participar e a aderir às várias campanhas de acção e sensibilização sobre a Criação promovida pelas Igreja nas cinco semanas que vão de 1 de Setembro e 4 de Outubro, Solenidade de São Francisco de Assis. O sítio contem também subsídios e materiais postos à disposição pelos fieis católicos da GCCM, entre os quais a encíclica do Papa Francisco, “Laudato Si” sobre o cuidado para com a “Casa Comum”.

Recorde-se que a Jornada de Oração para a Protecção da Criação foi lançada em 1989 pelo Patriarcado ortodoxo de Constantinopla. Ao longo dos anos foi sendo progressivamente adoptada por diversas Igrejas protestantes, assim como por numerosas Conferências Episcopais católicas, assumindo assim, cada vez mais um caracter ecuménico. E foi na esteira destas iniciativas que a 6 de agosto de 2015 o Papa Francisco – na linha de continuidade com a sua encíclica “Laudato Si” – instituiu para toda a Igreja católica o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, fixando a data a 1 de Setembro. A Carta de proclamação põe em realce o forte caracter ecuménico, convidando a sintonizar as iniciativas católicas com as do Conselho Ecuménico das Igrejas. 

(DA)