29 de agosto, Dia Internacional do Combate às armas nucleares


Cidade do Vaticano (RV) – Em visita à sede da Organização das Nações Unidas, (em NY), em setembro de 2015, o Papa Francisco em seu discurso relembrou a Carta das Nações Unidas, na qual o preâmbulo e o primeiro artigo indicam as bases da construção jurídica internacional: a paz, a solução pacífica das controvérsias e o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações. Contrasta fortemente com estas afirmações – e nega-as na prática – a tendência sempre presente da proliferação das armas, especialmente as de destruição em massa, como o podem ser as armas nucleares.

"Neste Dia Internacional contra Testes Nucleares, convido o mundo a buscar um sentimento de solidariedade compatível com a urgente necessidade de acabar com o impasse perigoso sobre esta questão," diz o Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Histórico

Desde que se iniciaram os testes de armas nucleares, em meados do século XX, (o primeiro foi em 16 de julho de 1945), cerca de 2.000 foram realizados.

O Dia Internacional contra Testes Nucleares foi criado em 2 de dezembro de 2009 na 64ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, com a resolução 64/35, aprovada por unanimidade. A resolução, em particular, solicita uma maior conscientização "sobre os efeitos das explosões dos testes de armas nucleares ou quaisquer outras explosões nucleares, e a necessidade de interrompê-las, como um dos meios para atingir a meta de um mundo livre de armas nucleares e de todos  tipos de armas".

As armas nucleares são consideradas um pesadelo para o meio ambiente e para a saúde humana. A destruição de Hiroshima e Nagasaki pelas bombas atômicas marcou o fim da II Guerra Mundial e o início da era nuclear. Enquanto as tensões entre o Oriente e Ocidente se transformaram em uma Guerra Fria, os cientistas nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, e União Soviética realizavam testes e desenvolviam armas nucleares mais potentes.

Tratado

Em todo o mundo, simpósios, conferências, exposições e competições estão sendo realizadas para sensibilizar o público e estimular ações para finalmente acabar com testes nucleares. Para atingir esse objetivo, os Estados que ainda não assinaram e ratificaram o Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares devem fazê-lo sem demora. O Tratado [CTBT], que visa estabelecer uma proibição verificável, permanente e global sobre todos os tipos de testes nucleares explosivos, conta com apoio quase universal, mas ainda não entrou em vigor. A importância da realização deste projeto foi reafirmada na Conferência de Revisão do Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares de 2010.

"Até a entrada em vigor do Tratado, peço a todos os Estados que cumpram a atual moratória sobre todas as explosões de testes nucleares. As moratórias voluntárias em testes de armas nucleares existentes são essenciais – no entanto, elas não substituem uma proibição total e global", diz o Secretário-geral das Nações Unidas.

O Papa Francisco ainda disse: "O recente acordo sobre a questão nuclear, numa região sensível da Ásia e do Oriente Médio, é uma prova das possibilidades da boa vontade política e do direito, cultivados com sinceridade, paciência e constância. Faço votos de que este acordo seja duradouro e eficaz e com a colaboração de todas as partes envolvidas, produza os frutos esperados".

(ONU-Brasil - VM)








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