2016-08-27 20:33:00

Vídeo-mensagem de Francisco aos Bispos de toda América


Cidade do Vaticano  – O Papa Francisco enviou uma longa vídeo-mensagem aos Bispos do Continente Americano, que celebram, de 27 a 30 do corrente, em Bogotá, na Colômbia, o seu Jubileu da Misericórdia. 

As 22 Conferências Episcopais dos Países da América Latina juntamente com os Estados Unidos e Canadá, estão reunidas no Congresso da Misericórdia, cujo tema é "Que um vento impetuoso de santidade acompanhe o Jubileu Extraordinário da Misericórdia em toda a América". O evento é promovido pela Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) e pelo Conselho Episcopal das Igrejas Latino-americanas (CELAM).

O Papa recorda que “o mundo precisa de pastores que saibam tratar os outros com misericórdia, porque esta atitude pode mudar o coração das pessoas e deve ser o centro propulsor de toda acção pastoral e missionária.

Neste sentido, Francisco se pergunta, “qual é a doutrina segura para os cristãos”? E responde dizendo: “é simples: ser tratados com misericórdia”. Citando o apóstolo as palavras do apóstolo Paulo, “Ele usou de misericórdia para comigo”, o Santo Padre falou da confiança que Deus tem no homem. Longe de ser uma ideia, um desejo, uma teoria, uma ideologia, a misericórdia é um modo concreto de tocar a fragilidade, de interagir com os outros, de aproximar-se uns dos outros. E acrescentou:

“É uma maneira concreta de se aproximar das pessoas quando elas se encontram em dificuldade. Trata-se de uma acção que nos leva a tratar bem as pessoas, a entender as suas vidas, a procurar dar um alívio nas suas vidas; uma acção baseada na esperança de mudança, confiança no aprendizado e no progresso, sempre à busca de novas oportunidades. Por isso, todo o gesto praticado com misericórdia desperta sempre a criatividade”.

Citando a parábola do “Filho pródigo”, Francisco recorda que quando o filho mais velho se escandaliza pela ternura e o abraço do pai ao filho mais novo, isto acontece porque somos invadidos por uma lógica separatista, que leva a dividir a sociedade em bons e maus, santos e pecadores. E o Papa explicou:

“A misericórdia não é uma teoria que pode ser manuseada: ‘Agora é moda falar de misericórdia no Jubileu; então vamos seguir a moda’. Não. A misericórdia é uma história composta de pecados, que deve ser recordada. Por isso, ‘Deus nos trata com misericórdia”.

Logo, toda a acção da Igreja, em todos os níveis, afirma Francisco,  se baseia no saber testemunhar a misericórdia divina. Se na nossa pastoral falta a misericórdia tudo é vão. Na realidade, “somos missionários da misericórdia”. Num mundo ferido, devemos promover, estimular e empregar a pedagogia da misericórdia. E o Papa concluiu dizendo: “Devemos aprender, com o Mestre, a tratar os outros com misericórdia; ser próximos dos descartados pela sociedade; aprender a dar a mão a quem cai, sem medo dos comentários dos outros; melhorar os caminhos da esperança, que fazem brilhar a misericórdia”. (MT/FL)

 








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