Accumoli - Itália - O forte terramoto de 6,2 graus de magnitude que devastou na madrugada desta quarta-feira várias zonas montanhosas do centro da Itália deixou pelo menos 247 mortos, 350 feridos e centenas de desaparecidos, segundos dados fornecidos até este momento, pela Protecção Civil Italiana.
O último boletim oficial, fornecido pela Protecção Civil Italiana na manhã desta quinta-feira, aponta 247 óbitos, contra 159 mortos informados na noite desta quarta-feira.
"É possível que o número de vítimas cresça", advertiu durante a tarde o chefe de
governo italiano, Mateo Renzi, que percorreu a zona afectada e prometeu ajuda para
as famílias gravemente atingidas pelo sismo.
As equipes de socorro trabalharam durante toda a noite, conscientes de que correm
contra o tempo para encontrar e resgatar com vida pessoas ainda presas sob os escombros.
Segundo fontes da imprensa, dezenas de pessoas continuam desaparecidas e, provavelmente,
estão ainda sepultadas vivas.
Entre as vítimas fatais estão muitas crianças, além de uma família inteira - pai,
mãe e duas crianças, que durante várias horas os socorristas tentaram salvar.
Dezenas de bombeiros e polícias voluntários trabalham incessantemente, sem descanso,
nas pequenas localidades de Amatrice e Accumoli, na região do Lazio, e Arquata del
Tronto, na região de Marcas.
O tremor, que foi sentido em Roma e Veneza, acordou a população às 03h30 locais, e,
desde então, foram registrados cerca de 200 abalos secundários.
O epicentro foi localizado perto de Norcia, uma cidade da região da Umbria, a 150
km de Roma.
Os feridos mais graves estão a ser levados à capital da província, Rieti, assim como
a hospitais de Roma e Florença em helicópteros.
As autoridades decidiram mobilizar o Exército para os trabalhos de resgate, que são
particularmente complicados por se tratar de pequenas localidades montanhosas, e para
garantir a segurança da população de possíveis atos vandalismo por parte de ladrões.
Durante todo o dia, moradores e voluntários escavaram em meio a nuvens de poeira e
inclusive com as próprias mãos as montanhas de pedras e pedaços de prédios e casas
destruídas pelo terramoto.
Cães treinados para rastrear pessoas e celulares têm servido para localizar pessoas
entre os escombros.
Muitos turistas estavam na região para participar das festas organizadas todos os
anos em Amatrice por ocasião da criação da famosa receita de espaguete.
"Os hotéis estavam todos lotados", explicou o prefeito.
Trata-se, porém, de uma das zonas com mais risco sísmico da Itália.
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