Quem conhece Jesus não pode ser fundamentalista, diz Card. Marx


Salzburgo (RV) – O Presidente da Conferência Episcopal Alemã (DBK), Cardeal Reinhard Marx, pronunciou-se na 85ª “Semana da Universidade de Salzburgo” iniciada em 1º de agosto e concluída no dia 8.

 

Em seu discurso, o Cardeal avaliou que, à luz dos atuais acontecimentos, estão em andamento na Europa grandes mudanças, que podem ser parte de uma evolução epocal.

Inquietação

“Não somente na Turquia, mas também aqui entre nós, nas nossas famílias, ouço frequentemente que não se pode falar abertamente de política, sem levar a grandes controvérsias, disse ele. Esta evolução é muito inquietante. Apresentam-se duas tendências que emergem: de um lado, uma sociedade motivada, de outro, um aumento na frieza comum de viver juntos na solidariedade”.

É “a globalização da indiferença, como a chama o Papa Francisco – avaliou o purpurado”.

Para o Cardeal Marx, o atual projeto europeu carece de sentimento de amor e pertença:

Nova cultura

“A Europa é chamada a desenvolver uma nova síntese cultural de uma comunidade viva, uma capacidade que a Europa sempre teve e que o Papa Francisco recordou em seu discurso ao receber o Prêmio Carlos Magno”.

O cristão deve redescobrir o sentimento, o amor, o misticismo – frisou ainda o Presidente da Conferência Episcopal Alemã.

“Quem conhece Jesus Cristo nunca pode ser fundamentalista! As grandes narrações do Evangelho, como a história do Bom Samaritano ou as Bem-aventuranças, são histórias que pertencem ao acontecimento cultural da Europa, não somente aos cristãos”.

Liberdade

“Mas – continuou – a civilização moderna da liberdade não tem nenhuma garantia de existência. Aquilo que realizamos não deve ser colocado em discussão por uma nova era de paixões que provavelmente nos está tocando”.

Para o Cardeal Marx, os cristãos “não devem renunciar à visão cristã do homem como componente de liberdade”.

(JE/Sir)








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