Editorial: Mensagem ao mundo


Cidade do Vaticano (RV) - Passaram-se seis dias do encerramento da JMJ de Cracóvia com a santa Missa de envio no Campus Misericodiae. A grande maioria dos nossos jovens já retornou às suas casas, e hoje o nosso pensamento vai a eles, de retorno a casa.  A JMJ, - disse Francisco continua em suas casas, porque é lá que Jesus vai encontrá-los, a partir de agora. O Senhor não quer ficar apenas nesta bela cidade ou nas belas recordações, mas agir em suas vidas: no estudo, no trabalho, nas amizades, nos afetos, nos projetos e nos sonhos. Tudo, porém, recomendou o Papa, deve realizar-se na oração, na Palavra de Deus, no Evangelho!

Os nossos jovens concluíram a sua viagem à Polônia, uma verdadeira peregrinação para participar com os jovens provenientes do mundo inteiro do grande evento da JMJ. Cracóvia abriu os braços para recebê-los e eles invadiram pacificamente a cidade de São João Paulo II, para demonstrar que a harmonia da paz é possível e que a fé em Jesus Cristo não é uma utopia, mas uma certeza, uma verdade. Dias vividos intensamente na oração e no encontro.

Sabemos do cansaço que cada jovem teve que suportar nestes dias, muitas vezes com longas distâncias a serem percorridas entre uma catequese e outra, entre um encontro e outro, entre um evento e outro. Mas o cansaço se transformou com a chegada do Papa Francisco em lágrimas de alegria, em cantos de jubilo e esperança. Ao redor do altar de Cristo a dimensão de fé de uma inteira geração se fez palpável. Culturas e línguas diferentes unidas em uma mesma fé.

A JMJ é um evento que não deixa indiferente quem dela participa. Muitos dos nossos jovens brasileiros, tomados pela emoção que brotou do encontro do Rio de Janeiro em 2013, fizeram grandes sacrifícios para estarem presentes em Cracóvia. Mas foi um sacrifício amplamente recompensado, pelo abraço ideal do Papa, dos bispos e sacerdotes que ali estiveram, como também de milhões de jovens, que com suas bandeiras e camisetas coloridas, criaram o “mosaico da fé”.

Do encontro brotaram expectativas de vida, mensagens de confiança e esperança de um futuro diferente e melhor, mensagens que tanto necessitam os nossos jovens de hoje.

Os jovens reunidos em Cracóvia, em certo sentido, deram ao mundo a sua mensagem de que um mundo diferente é possível, onde o amor é o colante de tudo, sem espaço para ódios e guerras; um sinal profético para o mundo todo. “A nova geração de jovens – recordou na quarta-feira o Papa na Audiência Geral -, herdeiros e continuadores da peregrinação iniciada por são João Paulo II, respondeu aos desafios de hoje, mandou um sinal de esperança e este sinal chama-se fraternidade”, disse.

Certamente essa mensagem os nossos jovens levaram de volta para casa nas suas bagagens, cheias de souvenires, mas também de esperança e certezas.

A juventude do mundo respondeu positivamente. Foram e ficaram tocados pela hospitalidade dos poloneses, das famílias. Uma atmosfera incrível: alegria, reflexão, oração e também uma simpatia grandíssima pelo Papa Francisco. Não houve acidentes, a segurança foi perfeita: a Polônia é um país que pode tranquilamente acolher quem quiser visitá-la.

Outra constatação: foi a JMJ da Misericórdia. Em um momento em que o mundo tem tanta necessidade de misericórdia, Francisco pediu aos jovens para tornarem-se apóstolos da misericórdia. Era impressionante ver isto enquanto ao seu lado víamos as imagens de Santa Faustina e São João Paulo II....  O Papa disse que esta Jornada foi a mais bela celebração do Ano da Misericórdia, na cidade da misericórdia; realizou-se aquilo que Jesus disse: fazer sair a chama que preparará o mundo para a vinda de Jesus Cristo. É uma coisa belíssima. “Espero que estes jovens tenham assumido esta mensagem e a levem a todo o mundo”.

A maneira de agir direta do Santo Padre, o entusiasmo dos jovens, e a boa organização dos eventos fizeram com que a Jornada Mundial da Juventude superasse todas as expectativas, disse o porta-voz da JMJ, ressaltando que “pela primeira vez chegaram jovens de mais de 180 países”. 

“Não tenham medo, mas pensem nas palavras destes dias – disse Francisco aos jovens reunidos no Campo da Misericórdia: ‘Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia’. Vocês poderão parecer sonhadores em acreditar numa humanidade nova, que rejeita o ódio entre os povos e as barreiras dos países, que mantém suas tradições, sem egoísmos ou ressentimentos. Não desanimem! Com seu sorriso e braços abertos transmitam esperança, pois vocês são uma bênção para a família humana”.

Francisco disse ainda que com o olhar de Jesus, os jovens podem criar uma nova humanidade, sem esperar recompensa, mas buscando o bem, felizes de ter um coração puro e lutando, de modo pacífico, pela honestidade e a justiça. “Não sejam superficiais, desconfiem das aparências mundanas. Mas, tenham um coração que vê e transmite o bem, sem cessar. Contagiem o mundo com a alegria que receberam gratuitamente de Deus”.

Os jovens são sensíveis à verdade, à beleza e à amizade. João Paulo II tinha confiança neles e Francisco também tem e os jovens sabem disto. Os jovens encontraram em Cracóvia uma mensagem de amor, paz e solidariedade e agora a levam para suas casas, seus amigos, seu país. É a única mensagem capaz de dar esperança e transformar o mundo. (Silvonei José)








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