A Primeira-Dama da República de Moçambique, Isaura Nyusi, reafirmou esta terça-feira 26, o seu compromisso de contribuir para que nenhuma mulher, criança ou homem morra no país, vítima de cancro, por razões ligadas à falta de informação, tratamento ou prevenção da doença.
A Esposa do Presidente da República assumiu este posicionamento à margem da X Conferência sobre o Cancro do Colo do Útero, da Mamã e da Próstata, a decorrer em Adis-Abeba, na Etiópia, sede da União Africana.
Perante uma audiência de mais de mil pessoas, reunidas no Centro de Conferências da União Africana, a Primeira-Dama de Moçambique disse que o seu gabinete se tem envolvido em acções visando à criação de um ambiente político favorável para a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença. Com efeito, Isaura Nyusi referiu-se ao aumento, no país, de unidades sanitárias capacitadas para o rastreio do cancro do colo do útero e da mamã.
Cancro mata pelo menos 2.350 mulheres por ano
Dados avançados pela Agência de Informaçao de Moçambique (AIM), o Hospital Central de Maputo, por exemplo, a maior unidade sanitária do país, regista anualmente, pelo menos 3690 casos de cancro do colo do útero, com cerca de 2350 óbitos.
Para inverter este quadro, foi introduzido em 2014 o programa piloto da vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV) em três distritos, nas regiões norte e centro de Moçambique.
De acordo com a Primeira-Dama, para testar o nível de consciencialização e aceitação da vacina contra o HPV, o programa alcançou, no ano passado, um total de 4849 mulheres, num universo de 9135 pessoas.
Entretanto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Moçambique está em segundo lugar numa lista de 22 países com maior prevalência do cancro do colo do útero no mundo, situação que exige o redobramento de esforços com vista a inverter o cenário.
Hermínio José, Maputo.
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