2016-07-07 14:50:00

Uma política de compaixão e de inclusão - bispos da Colombia


Compaixão, inclusão e perdão são os pilares da paz. Quem o afirma é D. Luís Augusto Castro Quiroga, Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia no discurso de abertura da Assembleia Plenária que iniciou dia 4 em Bogotá se prolonga até amanhã, 8.

Esta 101ª Assembleia tem lugar num momento histórico para o país: com efeito no dia 23 de Junho passado, depois de quatro anos de negociações o Governo e as Forças Armadas Revolucionárias (Farc) assinaram na capital cubana um acordo que põe fim a mais de 50 anos de conflito. Pontos fundamentais do acordo são: o cessar fogo e a entrega das armas por parte das FARC. A actuação do acordo será vigiada pela ONU, através do Conselho de Segurança.

Nas suas palavras, D. Quiroga deteve-se sobre a “teologia da paz” que se baseia no amor, mesmo perante o inimigo, no perdão, que precede o arrependimento, e na resposta não violenta ao ódio. “Jesus nos ensina o que é amar os próprios inimigos. Ou seja – continuou o bispo – “uma política de compaixão que deve ser ligada a uma política de inclusão”. Através do perdão, sublinhou, os colombianos são chamados a pôr termo ao “espírito de vingança”, recordando que a paz não deve ser entendida só em termos de lei.

Deve envolver a esfera interior, o coração, o espírito” e “não pode ser desligada da esfera política porque se obtém graças a uma comunidade que vive na verdade e na caridade, segundo os princípios da “democracia, liberdade e justiça”. Neste sentido – acrescentou o Presidente da Conferência Episcopal Colombiana – “a paz requer dedicação por toda a vida”. A politica deve ser praticada “em fidelidade ao Evangelho”, ou seja pondo em acto iniciativas de paz para o bem comum.

D. Castro Quiroga convidou todos os bispos do país a encorajarem os colombianos a construir uma nação nova assente em “alicerces éticos, espirituais e culturais”. O papel da Igreja católica será então o de “vigiar” sobre a fase pós-conflito, tornando-se num “grande observatório de paz”. 

(DA) 








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