2016-07-04 09:47:00

Semana do Papa de 27 de junho a 3 de julho


Nesta “Semana do Papa” destaque especial para a Missa e o Angelus na Festa de S. Pedro e S. Paulo e ainda a audiência jubilar de dia 30 de junho neste Ano Santo da Misericórdia.

No dia 28 de junho, terça-feira, o Papa recebeu em audiência na Sala Clementina o Papa Emérito Bento XVI por ocasião dos seus 65 anos de ordenação sacerdotal. Numa pequena celebração o Santo Padre afirmou que Bento XVI “emana uma tranquilidade, uma paz, uma força, uma confiança, uma maturidade, uma fé, uma dedicação e uma fidelidade que me fazem tão bem e dão força para mim e para toda a Igreja” – disse Francisco.

Oração é via de saída para os fechamentos

Quarta-feira, 29 de junho – Festa de S. Pedro e S. Paulo no Vaticano com a Eucaristia presidida pelo Papa Francisco e a imposição do pálio aos novos arcebispos metropolitas. Este ano foram 25 provenientes da França, do Equador, dos Estados Unidos da América, das Antilhas, da Itália, da Espanha, da Bélgica, da Turquia, de Cuba, do México, da Polónia, das Ilhas Salomão, de Mianmar e do Benin. De língua portuguesa foi imposto o pálio a quatro arcebispos brasileiros: D. Roque Paloschi, de Porto Velho (Rondônia), D. Zanoni Demettino Castro, de Feira de Santana (Bahia), D. Rodolfo Luís Weber, de Passo Fundo (Rio Grande do Sul), D. Darci José Nicioli, C.SS.R. de Diamantina (Minas Gerais).

A leitura dos Atos dos Apóstolos no seu capítulo 12 “apresenta-nos três fechamentos: o de Pedro na prisão; o da comunidade reunida em oração; e o da casa de Maria, mãe de João chamado Marcos, a cuja porta foi bater Pedro depois de ter sido libertado”. E a via de saída é a oração:

“No que diz respeito aos fechamentos a oração é a via de saída principal; é a via de saída para a comunidade, que corre o risco de se fechar em si mesma por causa da perseguição e do medo; via de saída para Pedro que, já no início da missão que o Senhor lhe confiara, é lançado na prisão por Herodes e corre o risco de ser condenado à morte. Enquanto Pedro estava na prisão, «a Igreja orava a Deus, instantemente, por ele» (At 12, 5). E o Senhor responde à oração com o envio do seu anjo para o libertar, «arrancando-o das mãos de Herodes» (cf. v. 11). A oração, como humilde entrega a Deus e à sua santa vontade, é sempre a via de saída dos nossos fechamentos pessoais e comunitários.”

Também Paulo ao escrever a Timóteo “fala da sua experiência de libertação, de saída do perigo de ser ele também condenado à morte; mas o Senhor esteve ao seu lado e deu-lhe força para poder levar a bom termo a sua obra de evangelização dos gentios” – afirmou Francisco.

Na homilia do Santo Padre importante referência para o percurso de fé de Pedro, o pescador galileu, envolvido  num caminho longo e duro no qual foi decisiva a “oração de Jesus” e o Seu olhar após Pedro O ter negado três vezes,  “um olhar que toca o coração e liberta as lágrimas do arrependimento” – disse o Papa.

Ao meio-dia o Papa Francisco presidiu à oração do Angelus da Janela do Palácio Apostólico. Na sua mensagem começou por salientar o testemunho destes dois santos padroeiros da Igreja universal: Pedro, um “humilde pescador”, Paulo “mestre e doutor”. “Eles por amor de Cristo deixaram a sua pátria” – disse o Papa – e não pensando nos riscos, chegaram a Roma e aqui foram “anunciadores e testemunhas do Evangelho”.

“Acolhamos a sua mensagem! Conservemos o seu testemunho! A fé franca e forte de Pedro, o coração grande e universal de Paulo ajudar-nos-ão a ser cristãos alegres, fiéis ao Evangelho e abertos ao encontro com todos.”

O Papa Francisco recordou a bênção dos pálios dos arcebispos metropolitas e a presença de membros do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla nesta Festa de S. Pedro e S. Paulo.

Após a oração do Angelus o Papa Francisco rezou pelas vítimas do atentado terrorista da noite de terça-feira dia 28 de Junho:

“…ontem à noite, em Istambul, aconteceu um brutal atentado terrorista que matou e feriu muitas pessoas. Rezemos pelas vítimas, pelos familiares e pelo caro povo turco. O Senhor converta os corações dos violentos e apoie os nossos passos pelo caminho da paz.”

A misericórdia sem obras está morta em si mesma

Quinta-feira, dia 30 de Junho – audiência jubilar na Praça de S. Pedro com o Papa Francisco. Na sua catequese o Santo Padre falou sobre as obras de misericórdia. Partindo do capítulo 25 do Evangelho de S. Mateus Francisco disse que neste Ano Santo da Misericórdia devemos perguntar se para nós misericórdia é uma palavra abstrata ou um estilo de vida.

Segundo o Santo Padre as obras de misericórdia são acima de tudo o testemunho concreto de quem se sabe objeto do amor misericordioso de Deus. E Francisco foi claro e parafraseou o apóstolo S. Tiago: “a misericórdia sem obras está morta em si mesma”.

Desta forma – continuou o Papa – é preciso estar atento para não cair na indiferença, pois a verdadeira misericórdia tem olhos para ver, ouvidos para escutar e mãos para ajudar aqueles que precisam, sobretudo os mais pequeninos com quem Jesus se quis identificar.

Hoje, com o multiplicar-se de novas formas de pobreza material e espiritual, é preciso dar espaço à criatividade da caridade para ir ao encontro daquele que precisa – observou o Santo Padre que voltou a repetir uma sua forte expressão: “Quem não vive para servir, não serve para viver.”

Francisco, nesta audiência jubilar, também comentou a sua recente viagem à Arménia, “nação que abraçou o cristianismo já no início do século quarto e que ao longo da história testemunhou a sua fé em Cristo, mesmo com o martírio”.

O Papa referiu que com esta viagem procurou reforçar a comunhão fraterna para que os cristãos possam ser fermento de uma sociedade mais justa e solidária.

Papa rezou pelas vítimas de Dacca e Bagdad

No Angelus de domingo dia 3 de julho o Papa Francisco rezou pelas vítimas dos atentados de Dacca e Bagdad:

“Caros irmãos e irmãs,

Exprimo a minha proximidade aos familiares das vítimas e dos feridos do atentado ocorrido ontem em Dacca e também por aquele ocorrido em Bagdad. Rezemos juntos. Rezemos juntos por eles, pelos defuntos e pedimos ao Senhor para converter o coração dos violentos, cegos pelo ódio.”

E terminamos, assim, esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 27 de junho a 3 de julho. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








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