Após a última Assembleia plenária decorrida de 20 a 24 de Junho de 2016 em Kinshasa, além de eleger um novo Presidente da sua Conferência Episcopal e seu vice, os bispos da República Democrática do Congo, depois de terem reflectido sobre a grave situação no país, tornaram publica no passado dia de 24 de Junho uma mensagem que na verdade é uma chamada de atenção à responsabilidade dos actores políticos para a salvaguarda da nação.
Dando graças a Deus por todos os passos dados no país, os bispos da República Democrática do Congo questionam se a crise actual não é resultado do impasse ou bloqueio do processo eleitoral. Os Bispos também deploram a redução significativa do espaço democrático, a proliferação preocupante de violações dos direitos humanos, os massacres hediondos e a crescente insegurança na região leste do país, a desvalorização da moeda nacional em relação às moedas estrangeiras, a duplicação de partidos políticos, que não são susceptíveis de apaziguar os espíritos.
Para os bispos, o sofrimento da população está ficando cada vez pior. As pessoas se vêem sacrificadas nos interesses dos políticos. Como solução, os Bispos exigem o respeito pela Constituição, fundamento da nação que, nos seus artigos, afirma as opções fundamentais no que respeita, nomeadamente, o número e a duração do mandato do Presidente da República. Querendo fazer o contrário, continuam os Bispos, não será apenas agravar a crise actual, mas mais ainda ir contra a vontade do povo, soberano que fez sua escolha: seria alta traição à nação .
Outras soluções propostas são o diálogo, mas também responder ao grito de angústia das pessoas, assegurar o respeito pelos direitos humanos.
Depois das recomendações feitas a todos os actores políticos e a toda a nação congolesa, os Bispos se comprometem, por sua parte, a organizar momentos de oração para um processo eleitoral pacífico em todas as dioceses do país e prometem garantir a salvaguarda da liberdade e neutralidade da Igreja contra qualquer forma de recuperação politica.
Os Bispos propõem também lançar uma campanha de Educação Cívica e Eleitoral, propondo sua solicitude pastoral, para promover a reconciliação entre os actores políticos congoleses e obter assim o diálogo que se espera.
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