Bogotá (RV) - “Precisamos de um sinal claro de que a assinatura do acordo de paz será efetiva e não somente um ato simbólico”, disse o arcebispo de Tunja e presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Luis Augusto Castro Quiroga – refere a agência missionária Fides –, após ter sido anunciada para esta quinta-feira (23/06) a assinatura do último dos pontos dos “Colóquios de Paz” em Cuba por parte do governo colombiano e do grupo guerrilheiro das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
População quer ver imediatamente os efeitos do acordo
“Os guerrilheiros devem entregar e destruir as armas publicamente”, disse o arcebispo. Ademais, Dom Quiroga recordou algumas notícias não verificadas difundidas no país sobre a possibilidade de que os guerrilheiros possam retomar as cidades.
Nesse sentido, o prelado fez-se intérprete da necessidade de asseguração do povo colombiano. “A população quer ver imediatamente os efeitos do acordo”, ressaltou Dom Quiroga.
Trata-se de um momento histórico para a Colômbia
“O governo da Colômbia e os guerrilheiros das Farc anunciaram um histórico acordo por um cessar-fogo definitivo e o fim das hostilidades, após mais de meio século de violências que provocaram mais de 260 mil mortos, 45 mil desaparecidos e cerca de 7 milhões de deslocados.
O comunicado conjunto das negociações colombianas foi difundido na noite desta quarta-feira em Havana, onde há três anos e meio estão se realizando as negociações de paz. Participam da cerimônia desta quinta-feira, na capital cubana, o presidente colombiano, Manuel Santos; o comandante das Farc, Timeleon Jimenez; e o secretário geral da Onu, Ban Ki-moon.
Trata-se de um momento histórico para a Colômbia, vez que a assinatura do acordo significa concluir um conflito armado que martirizou o país durante 52 anos. (RL)
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