REPAM abre em Cuiabá a série de seminários sobre a Laudato si


Cidade do Vaticano (RV) – Em concomitância com o primeiro aniversário da encíclica Laudato si, do Papa Francisco, a Rede Eclesial Pan-amazônica, REPAM, deu início a uma série de seminários que promoverá no Brasil sobre o documento. O objetivo deste esforço organizativo da Igreja é dar voz ao documento, visto como “um grande recurso no desafio de cuidar do planeta”, nas palavras do Presidente da REPAM, Cardeal Cláudio Hummes.

O primeiro encontro desta série, que deve atravessar todos os Regionais da CNBB, se realizou em Cuiabá, MT. Dom Cláudio esteve presente na abertura do encontro.

"A Laudato si continua ainda sendo um grande recurso que nos ajuda a ir avante deste desafio de cuidar do planeta, porque os conteúdos da Encíclica não são ainda tão conhecidos pelo povo em geral, o que é, alias, o que sempre ocorre. A Igreja tem que fazer um grande esforço para levar ao povo e, sobretudo às lideranças, os conteúdos desse documento, que é tão precioso e precedeu e influenciou fortemente a COP21 e que continua sendo uma forte luz na caminhada deste processo que é a saída da crise ambiental, climática, que o planeta todo sofre. Então, há um grande trabalho a ser feito para divulgar, para chegar até o povo e começar a formar uma opinião pública mais esclarecida sobre estas questões todas e as responsabilidades recorrentes. Portanto, muita informação é necessária e formação”.

Além dos seminários sobre a Laudato si, a REPAM prossegue sua caminhada em outro eixo de trabalho: o direito de evangelização dos indígenas. E foi este o sentido do grande encontro realizado recentemente em Tabatinga-Letícia (AM), na tríplice fronteira Peru/Colômbia/Brasil. Ouçamos Dom Cláudio, informado sobre o seu andamento.  

“Foi falado também sobre como feito o primeiro contato entre a Igreja e os indígenas, quando muitas coisas ficaram a desejar, é claro, como não levar suficientemente em consideração a cultura, a identidade e a história dos indígenas. Mas eles quiseram, sobretudo, dizer que estão com a Igreja Católica, que é a que mais respeita atualmente as questões indígenas e a que mais luta com eles por seus direitos de terras, autonomia, de recuperar seus direitos e sua história. Soube que os indígenas pediram e insistiram muito que a Igreja não deixe de estar com eles, porque é uma grande companheira em sua caminhada”.

Ouça toda a reportagem clicando acima.

(CM)








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