2016-06-17 10:05:00

Papa à Diocese de Roma: aproximar-se às famílias


Estar próximo das famílias numa atitude de compaixão – este em síntese o convite do Papa Francisco à Diocese de Roma no final da tarde de quinta-feira dia 16 de junho na abertura do Congresso Diocesano na Basílica de S. João de Latrão. O Santo Padre desenvolveu a sua reflexão sobre o tema: “A alegria do amor: o caminho das famílias em Roma à luz da Exortação Apostólica”.

Francisco mergulhou no caminho sinodal percorrido sobre o tema da família e apresentou três imagens bíblicas que permitem “entrar em contacto com a passagem do Espírito no discernimento dos padres sinodais”.

A primeira imagem bíblica foi extraída do Livro do Êxodo: "Tira as sandálias dos teus pés, porque o lugar em que te encontras é uma terra santa”– o convite do Senhor a Moisés diante da sarça ardente. Tirar as sandálias para descobrir a presença de Deus – salientou o Santo Padre:

“Desafia-nos a não abandonar ninguém porque não está à altura de quanto lhe é pedido. E isto impõe-nos a sair das declarações de princípio para entrarmos no coração palpitante dos bairros romanos e, como artesãos, metermo-nos a plasmar nesta realidade o sonho de Deus, coisa que podem fazer só as pessoas de fé, aquelas que não fecham a passagem à ação do Espirito.”

A segunda imagem bíblica utilizada pelo Papa Francisco foi aquela do fariseu que reza agradecendo a Deus por não ser como os outros homens. É a tentação de se julgar com uma identidade que não precisa de se converter. É preciso realismo evangélico – disse o Papa:

“Nada é comparável ao realismo evangélico, que não fica na descrição das situações, das problemáticas – menos ainda do pecado – mas que vai sempre em frente e consegue ver por trás de cada rosto, de cada história, de cada situação, uma oportunidade, uma possibilidade.”

A terceira e última imagem pronunciada pelo Papa foi a do profeta Joel que fala dos idosos que farão sonhos proféticos. Francisco terminou a sua reflexão falando do testemunho dos mais idosos, especialmente os muitos que já passaram pela Missa em Santa Marta e têm 50 e 60 anos de matrimónio. O Papa considerou que este amor deve ser mostrado aos casais jovens como uma ajuda preciosa.

(RS)








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