Papa envia Cardeal Hummes ao Congresso Eucarístico Nacional


Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco nomeou o Cardeal Cláudio Hummes, O.F.M, Arcebispo emérito de São Paulo e Prefeito emérito da Congregação para o Clero, seu Enviado Especial ao XVII Congresso Eucarístico Nacional do Brasil, que será celebrado em Belém do Pará entre 15 e 21 de agosto.

Nos último anos, Dom Cláudio realizou mais de 30 visitas às mais de 70 circunscrições eclesiais da Amazônia legal. Neste sentido, o cardeal acredita que as questões do Norte do Brasil estarão no centro dos debates  – sem negligenciar o atual contexto brasileiro, do qual à Igreja não se exclui e aproveita para reiterar a opção pelos pobres.

Dom Cláudio"O Congresso tem essa especificidade de ser celebrado na Amazônia quando se celebra exatamente o IV centenário do início da evangelização na Amazônia. E também o IV centenário de fundação da cidade de Belém. Isso marca de modo especial o rumo e os conteúdos deste Congresso, como o próprio tema já diz: quer se falar da Amazônia missionária porque o tema é "Eucaristia e Partilha na Amazônia Missionária". Estará bem no centro, portanto, a Amazônia e, de modo especial, essa característica de ser uma região sumamente missionária, sobretudo, para nós aqui para o Brasil".

RV: Sem esquecer a situação atual que se vive no Brasil em outros campos:

Dom Cláudio: "O tema foi escolhido a mais tempo tendo em vista estes centenários que citei. Mas hoje, sendo, claro, um Congresso Nacional, ele vai acontecer dentro de um momento de forte crise política e social no país, uma crise que tem no centro a corrupção de modo geral. Portanto, também será um momento em que tudo isso, o que está ocorrendo no Brasil, deverá fazer parte das preocupações e dos enfoques deste nosso Congresso Eucarístico". 

Em uma das mais recentes entrevistas à Rádio Vaticano, o Cardeal Hummes relatou os aspectos da sua visita à Ilha de Marajó.

“Esta área é muito abandonada pelo poder público estadual e federal; praticamente não há investimentos. Melgaço é o município mais pobre do Brasil. O povo está muito aflito por falta de oportunidade de trabalho, não existe trabalho. O desemprego é colossal, não há investimentos ali. Os municípios não têm condições, porque não têm arrecadação, uma vez que não existe produção. Grande parte deste povo vive da bolsa família e às vezes de um ou outro aposentado que ajuda a sua parentela a sobreviver. Quando andamos por Melgaço, à beira do rio, vemos as pessoas andando, ou sentadas em casa, porque não existe trabalho. É muito triste”.

(rb)








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