Europa: Caritas e JRS defendem revisão da política migratória


Roma (RV) - A Cáritas Europeia e o Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) fizeram um apelo aos líderes europeus que revejam as suas “políticas restritivas de migração”, apostando em formas “mais legais e seguras” de entrada no território.

Num comunicado conjunto enviado divulgado na quarta-feira (08/06), as duas organizações católicas realçam que a atitude “repressiva” atual tem “empurrado pessoas desesperadas para a morte”, porque forçadas a escolher “rotas perigosas” e a depender “da ajuda de contrabandistas e traficantes”.

“As políticas baseadas na dissuasão, incluindo o acordo com a Turquia, não estão freando a tentativa dos refugiados de chegar aos nossos países. Pelo contrário, prolongam o seu sofrimento”, frisam os organismos.

De acordo com o comunicado em questão, “mais de mil migrantes perderam a vida em menos de uma semana, enquanto procuravam atravessar o Mediterrâneo”, rumo ao Velho Continente.

Para o Secretário-Geral da Cáritas Europeia, Jorge Nuño Mayer, os países da região têm o dever de usar o seu poder “para salvar e proteger as pessoas”.

“Aqui, está em causa somente a vontade política de buscar meios mais seguros de entrada para as pessoas, para que elas não arrisquem as suas vidas”, apontou.

A nota da Cáritas e do JRS foi divulgada em vista do debate que os Ministros do Interior da UE farão sobre política migratória.

As entidades propõem aos responsáveis políticos “a introdução de um visto humanitário, acessível em qualquer embaixada europeia, quer nos países de origem, quer de passagem dos refugiados”. Apontam ainda à necessidade de uma entrada mais rápida, mesmo “sem a necessidade de visto”, quando estiveram em causa “razões humanitárias”.

Por outro lado, a União Europeia deve empregar mais recursos na “reinstalação” dos refugiados e zelar pela “reunificação familiar”, realçam a Cáritas Europeia e o JRS.

(BF/Ecclesia)








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