Santa Sé: palavras de ódio contra minorias se tornam violência


Viena (RV) - “A santa Sé está profundamente preocupada com o aumento da difusão no continente europeu de uma linguagem cada vez mais hostil contra as minorias.” 

Foi o que disse o Observador Permanente da Santa Sé na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Mons. Janusz Urbanczyk, em Viena, na Áustria, na apresentação do relatório sobre as minorias elaborado pelo organismo.

A denúncia é forte. O representante vaticano afirmou que se ouve cada vez mais palavras de “ódio”, palavras que podem se transformar em “atos de violência” e conflitos em larga escala. “Prevenir as expressões de ódio significa prevenir os conflitos e promover a paz e a estabilidade em nossa região”, disse ele. 

“É preciso evitar a consequência trágica daquele terreno escorregadio que muitas vezes começa com a zombaria ou com outras formas de exclusão social”, disse o prelado, “que por sua vez levam a atos de discriminação, às vezes sancionados na legislação,  e desencadeiam uma intolerância que se transforma em violência”. 

O Mons. Urbanczyk denuncia o aumento dos discursos políticos que tem como alvo as minorias ou fazem uso de estereótipos arraigados em tais minorias para promover seus programas políticos. Uma tendência que deve ser combatida através de uma crescente participação política de todos os cidadãos.  

“A educação, sobretudo dos jovens”, afirmou o representante da Santa Sé, “desempenha um papel fundamental na obra de prevenção dos conflitos e na promoção de uma verdadeira tolerância e da não discriminação”. 

Por isso, a Santa Sé deseja que sejam promovidos programas educacionais que reforcem “uma melhor compreensão e o respeito pelas diferentes culturas, etnias e religiões”. Programas que difundam os “valores universais, como o respeito pela dignidade de cada pessoa, a solidariedade entre as pessoas e o respeito pela religião dos outros”, concluiu. (MJ)








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