Aberta assembleia geral anual das Pom: a serviço das jovens Igrejas


Cidade do Vaticano (RV) - Um convite a superar as “distinções e separações, hoje artificiais, entre terras de missão e países cristãos, entre Igrejas que enviam missionários” e aquelas de territórios que os recebem, porque “a evangelização, tanto em suas fases iniciais de novo anúncio”, quanto nas “mais avançadas de pastoral evangelizadora ordinária, resulta transversal a cada Igreja”.

Foi o que disse o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, aos participantes da assembleia geral anual das Pontifícias Obras Missionárias (Pom), iniciada em Roma esta segunda-feira (30/05).

Os trabalhos, que se concluirão no próximo sábado, 4 de junho, são norteados pelo tema “Despertar a consciência missionária hoje. As Pom a serviço das jovens Igrejas”.

Em seu pronunciamento, o prefeito de Propagada Fide evidenciou que “as jovens Igrejas, às quais as Pom querem cada vez mais oferecer um serviço adequadamente missionário”, constituem “uma fonte imprescindível para despertar em todos os cristãos a consciência da missão”.

E como este ano se celebra o centenário de uma das quatro realidades que formam as Obras missionárias, a Pontifícia união missionária, nascida por inspiração de Pe. Paolo Manna, esta quarta-feira, 1º de junho, os participantes da assembleia irão em peregrinação ao túmulo do Beato, em Ducenta, Aversano – situada na província italiana de Caserta.

A propósito, o Cardeal Filoni ressaltou que “a intuição carismática” originária é ainda “hoje válida”, mas que é necessário um processo de repensamento: “não devemos temer a urgente necessidade de reformá-la juntos e com ela dar impulso às outras obras”, disse o purpurado.

Ademais, observou, “Igrejas de antiga tradição encontram dificuldade em ter suficiente paixão e interesse pelo anúncio do Evangelho em terras e Igrejas além de suas próprias fronteiras”, enquanto, ao mesmo tempo, “Igrejas mais jovens parecem, por vezes, muito preocupadas em organizar-se administrativamente, voltando-se para si mesmas”.

Eis, então, que “fiéis e pastores” têm “sempre dificuldade, sob o peso dos desafios culturais, econômicos e religiosos atuais”, de se sentir “prontos e robustecidos para sair rumo a periferias existenciais e territoriais que vão além das habituais classificações sociológicas e econômicas”.

Daí, a proposta de designar, especificamente à Pontifícia união missionária, “tarefas de formação permanente e missionária a serviço das jovens Igrejas em suas instâncias mais diversificadas”.

Porque, esclareceu o purpurado, “organismos desde sempre com finalidades formativas missionárias poderiam servir de modo novo para a animação também das Igrejas de mais antiga tradição cristã”.

Ao término, o Cardeal Filoni fez votos de que “os trabalhos sirvam para despertar a consciência da missão hoje”. (L’Osservatore Romano / RL)








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