Corpo Diplomático Africano homenageia a Guarda Costeira italiana

O drama dos migrantes que perdem a vida no Mar Mediterrâneo está sempre sob os nossos olhos. A Guarda Costeira italiana faz tudo o que pode para salvar vidas humanas. De 1991 a hoje já salvou uns 700 mil migrantes. Uma acção corajosa de marinheiras e marinheiros que o Corpo Diplomático Africano em Roma quis homenagear, no âmbito do Dia da África.

Numa cerimónia solene, segunda-feira (23 de Maio), entregou ao Comandante Geral, Almirante Melone, uma placa alusiva a esse reconhecimento.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o Embaixador de Cabo Verde, Manuel Amante, que é também Presidente do Comité dos Embaixadores para a Imigração, falou da comoção que o acto suscitou nos presentes, nomeadamente a projecção de um breve filme sobre as acções de salvamento e em que são evocadas também as palavras do Papa Francisco aquando da sua visita a Lampedusa em Julho de 2013. 

Para além de um grupo significativo de Embaixadores africanos, tomaram parte na cerimónia o Ministro italiano do Interior, Graziano del Rio. 

O Diplomata cabo-verdiano falou também das causas que dificultam hoje o controle da emigração da África e da perda de cidadãos instruídos que essa "hemorragia" representa para o Continente africano. Ele espera, contudo, que o "migration compact" proposto pelo Governo italiano, chefiado por Matteo Renzi, seja aceite pela UE e que se opte por investir directamente nos países donde provém os migrantes, por forma a favorecer o desenvolvimento in loco. 

Manuel Amante referiu-se também à recente cimeira Itália-África como um encontro de qualidade e que promete muito para o futuro das relações entre as duas partes. O Embaixador considera que essas relações são actualmente boas e que tudo o que for necessário fazer para o seu aprofundamento deve ser feito. É neste sentido que os Embaixadores estão a trabalhar - rematou. 

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