Paquistão: cristãos perseguidos, presentes na Igreja


Waziristan (RV) – O exército paquistanês afirmou ter retomado o controle da última fortaleza talibã no Waziristan do Norte, próximo ao confim afegão. Os jihadistas teriam sido derrotados após intensos bombardeios. Todavia, no país continua alto o perigo integralista. Sabem muito bem disso as minorias religiosas, frequentemente perseguidas também por vias legais, como no caso da lei sobre a blasfêmia. São muitos os cristãos, como Asia Bibi, ainda na prisão acusada injustamente de ter dito algo contra o Islã. Os religiosos católicos promovem neste contexto a convivência pacífica entre jovens muçulmanos e cristãos, em particular nas escolas. A Rádio Vaticano ouviu o testemunho da religiosa Rifat Arya, das Irmãs da Caridade de Santa Joana Antida Thouret:

R. Nós damos sempre preferência aos pobres. Não somos somente nós que “fazemos” a misericórdia aos outros, mas são também os outros que a fazem a nós, com o seu estilo de vida, os seus valores e também com a sua simplicidade. Não devemos olhar somente aos territórios, mas também às pessoas: isto é muito importante. A pessoa é importante e o é em toda a missão da Igreja e em todos os relacionamentos interpessoais. Olhamos a pessoa e quem ajudamos. Na nossa realidade, o Paquistão, é verdade que há tanta pobreza material, mas ao mesmo tempo há também tanta riqueza espiritual. E é isso a coisa mais bonita: que a partir de todo o sofrimento e com a perseguição dos cristãos em andamento, as pessoas continuem a ir a Igreja e mais do que antes. É esta a fé, que é como uma rocha: não é somente dizer e depois não fazer. Hoje, ao invés, é preciso viver a fé concretamente.

P. – Como se pode renovar a Igreja, partindo destas periferias?

R. – Saindo de nós mesmos: não um passeio, mas uma saída significativa, que deixe uma mensagem ao outro. Quando você encontra uma família, uma criança, um jovem, qualquer pessoa que passa por necessidade, demonstrar proximidade ao outro: isso significa sair de nós mesmos, como Igreja, como cristãos. Isto é sair de nós mesmos, como Igreja, como Congregação, com cristãos: em direção do outro. Não considerar o outro como uma pessoa estranha, mas sair ao seu encontro porque é meu irmão. (SP)








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