Dom Diouf: testemunhas da misericórdia seguindo exemplo de Maria


Dacar (RV) - Mais de treze mil jovens de várias dioceses do Senegal – costa oeste da África – e dos países vizinhos participaram da tradicional Peregrinação mariana ao Santuário de Popenguine, dedicado a “Nossa Senhora da Libertação”.

Após três dias de orações e liturgias, o evento concluiu-se esta segunda-feira (16/05) com a santa missa presidida pelo bispo de Tambacounda, Dom Jean-Noël Diouf, com a participação do primeiro-ministro e de uma delegação do governo senegalês.

Na homilia, o prelado exortou os presentes a serem testemunhas da Misericórdia de Deus seguindo o exemplo de Maria, como recita o título desta 128º edição, inspirada no tema do Jubileu extraordinário convocado pelo Papa Francisco.

Maria: Mãe, Rainha e testemunha da Misericórdia de Deus

“Com este tema e o nosso ato de fé, contemplamos e celebramos a Mãe que nos concedeu Jesus Cristo e que tornou visível a Misericórdia do Deus invisível” – disse.

“Mãe da Misericórdia”, como quis defini-la João Paulo II em sua Encíclica “Veritatis Splendor”, Maria é também “Rainha da Misericórdia”, aquela que “suplica ao Filho pela salvação do povo e por todos aqueles que confiantemente se refugiam n’Ela”.

Ela é “também testemunha da divina Misericórdia: com seu ‘sim’ ao projeto de Deus, participa plenamente da Sua obra de salvação”, prosseguiu Dom Diouf. Por conseguinte, “podemos aprender d’Ela a sermos misericordiosos”.

A misericórdia não pode prescindir do amor

A misericórdia não pode prescindir do amor, um amor que, infelizmente, “no mundo atual, repleto de violências, injustiças e espertezas, falta”, recordou o bispo de Tambacounda.

Realmente, este mundo tem “sede de obras de misericórdia”. Para realizá-las, não precisa ir longe: “Nossas localidades, bairros, famílias e comunidades precisam de ser pacificadas para deixar de ser teatros de confrontos, lutas e competições insanas. São lugares nos quais somos chamados a ser testemunhas da misericórdia”.

Ser testemunhas da misericórdia de Deus com a caridade

O Ano jubilar é uma ocasião para despertar a caridade cristã: “As palavras de Cristo que revelavam o amor do Pai, denunciavam o mal, combatiam a injustiça, perdoavam, devem ser as palavras de nós, cristãos. O coração de Cristo que se deixava tocar pelo sofrimento, é o coração de cada fiel cristão”, ressaltou Dom Diouf.

“Se tomarmos plenamente consciência de sermos os beneficiários da Misericórdia de Deus, estaremos prontos a ser testemunhas em todas as esferas da nossa vida.” Daí, o convite – com as palavras da pequena Teresa de Lisieux – a “viver o amor, a ter olhares que ressuscitam, mãos que erguem e ouvidos que consolam”, concluiu o bispo senegalês. (RL)








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