Quênia: JRS pede que governo não feche campo de refugiados


Nairóbi (RV) – O Serviço Jesuíta para Refugiados assinou uma Declaração com outras organizações não-governamentais pedindo ao Governo do Quênia que não feche os campos para refugiados do país.

Não obstante a crise econômica e social, o Quênia abriga em seu território nacional quase 600 mil refugiados e requerentes de asilo provenientes dos países vizinhos, principalmente da Somália e Sudão do Sul e ultimamente também do Burundi. Trata-se de uma população constituída por 65% de mulheres, crianças e jovens.

As organizações não-governamentais declaram-se preocupadas com a decisão tomada pelo governo em 6 de maio de acabar com o Departamento para os Assuntos dos Refugiados e, consequentemente, de fechar o quando antes os campos de Dadaab e Kakuma. Este Departamento coordena o registro dos refugiados, a entrega de documentos, a transferência de refugiados e a gestão e prestação de serviços nos campos.

Refúgio

“Trata-se de uma escolha que terá implicações de amplo alcance para os milhares de refugiados e requerentes de asilo que viram no Quênia um refúgio seguro”, lê-se na Declaração assinada pelo JRS e por outras 10 organizações, entre as quais Save the Children.

“Fechar os campos significa expor a um maior risco essas pessoas, em sua maioria mulheres, crianças e menores não acompanhados”, afirmam os signatários, que se dirigem também à comunidade internacional para que ajude economicamente o governo queniano e, assim, possa continuar a desempenhar este trabalho de acolhimento.

O Quênia motivou sua decisão pela necessidade de reforçar no país as condições de segurança de seus cidadãos. 

(bf)








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