2016-05-16 13:25:00

Quénia: campos de refugiados fechados preocupam a Igreja


Está a suscitar grande preocupação o anúncio do governo queniano para fechar o Campo de refugiados de Dadaab (considerado o maior campo de refugiados do mundo, com mais de 320.000 pessoas, na maioria Somalis), o de Kakuma (que acolhe mais de 190.000 pessoas), e de dissolver o Departamento para os Assuntos dos Refugiados (DRA). A Comissão para os Refugiados, migrantes e marítimos da Conferência Episcopal do Quénia participou recentemente num encontro com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), o Governo queniano e outras partes interessadas para avaliar a situação.

As autoridades Nairobi tencionam fechar o Campo de Dadaab
Segundo um comunicado citado  pela Agência Fides, a razão principal pela qual o governo queniano fechou os Campos é o não-respeito do acordo tripartido. O acordo previa um plano de repatriamento assinado pelo ACNUR, o governo do Quénia e o da Somália, em 2013. O comunicado afirma ainda que as autoridades de Nairobi tencionam fechar o Campo de Dadaab e o de Kakuma, mas observa que "esta afirmação não foi até agora apoiada por qualquer anúncio oficial”.

Responsabilidade pela situação partilhada entre governo de Nairobi e comunidade internacional
Particular preocupação foi manifestada tanto pela Conferência Episcopal, como pelos Serviços dos Jesuítas para os Refugiados (JRS), pela dissolução do Departamento para os Assuntos dos Refugiados, porque isto envolve a falta de registo dos requerentes de asilo e da concessão de autorizações para os trabalhadores humanitários. Segundo os bispos, a responsabilidade pela situação deve ser partilhada entre o governo de Nairobi e a comunidade internacional, que "não reconheceu os problemas de segurança que o governo do Quénia deve enfrentar, como resultado, o governo sente-se traído e frustrado e, portanto, mostrou-se indisposto a acolher os refugiados e adoptou uma atitude negativa em relação às agências que trabalham com os refugiados, como demonstra a dissolução do DRA". Aos 25 de maio o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados irá ao Quénia para tentar encontrar um acordo com as autoridades locais. (BS)








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