Patriarca caldeu envia carta ao clero emigrado para os EUA


Bagdá (RV) - Carta do Patriarca de Babilônia dos Caldeus às comunidades da diáspora. Dividir o corpo eclesial em grupos separados é “um pecado grave”, num momento em que, com particular solicitude, a Igreja caldeia é chamada também pelas dramáticas circunstâncias históricas a defender a unidade.

Por isso, também as comunidades na diáspora, que pertencem à Eparquia de São Pedro dos Caldeus, com sede em San Diego, na Califórnia, EUA, são chamadas a trilhar no caminho da reconciliação, e a aproveitar da nomeação do novo administrador apostólico para favorecer o retorno ao próprio “excelente início”.

Desse modo, o Patriarca Louis Raphael I Sako dirige-se aos sacerdotes, religiosos e fiéis da Diocese Caldeia nos EUA, na carta – reportada pela agência misssionária Fides – em que anuncia também a nomeação como administrador apostólico deles, durante o período de sé vacante, o bispo auxiliar de Bagdá, Dom Shlemon Warduni, à espera que o Sínodo caldeu faça a eleição do novo bispo, após sábado passado (07/06) o Papa Francisco ter aceito a renúncia ao governo pastoral da Eparquia, apresentada por Dom Sarhad Jammo.

Dom Sako convida sacerdotes a vencer a tentação de manter posições cômodas ou de prestígio

Na mensagem enviada à Eparquia de São Pedro dos Caldeus, em San Diego, o Patriarca dirige-se, em particular, à “consciência” dos monges e sacerdotes caldeus que se transferiram do Iraque para os EUA sem o consenso dos superiores.

O Patriarca convida-os a refletir sobre suas responsabilidades de pessoas consagradas a Cristo, e a libertar-se de todos os obstáculos que os impedem de realizar a sua missão, a começar pela tentação de manter posições cômodas e de prestígio.

“Por favor”, repete o Primaz da Igreja caldeia, “não permitam a ninguém que vocês se separem de suas dioceses e de seus mosteiros de origem... O futuro de vocês consiste em confiar no Senhor, para dar testemunho de Cristo não somente com palavras, mas com o exemplo, renegando a si mesmos, amando e servindo ao seu povo, a partir de quem se encontra necessitado”.

O Patriarca convida a ‘viver e morrer no lugar onde Deus nos chama’

O caso dos monges e dos sacerdotes diocesanos que deixaram suas dioceses e com unidades religiosas no Iraque para emigrar e transferir-se para o exterior sem o consenso dos superiores encontra-se, já de há muito, no centro da solicitude pastoral do Patriarcado de Babilônia dos Caldeus e do Sínodo caldeu.

“Devemos viver e morrer no lugar onde Deus nos chama”, exortara o Patriarca Sako numa mensagem dedicada a este problema pastoral, escrita em setembro de 2014.

Sacerdotes e religiosos chamados não à vida cômoda, mas a servir aos irmãos

Sacerdotes e religiosos “não devem ter como aspiração a busca de condições de vida confortáveis, mas servir aos irmãos seguindo Cristo, inclusive aceitando carregar a cruz, quando isso é pedido pela circunstância”, afirmara o Patriarca na mensagem daquela ocasião.

“Por isso, ninguém pode abandonar a própria diocese ou a própria comunidade religiosa sem a aprovação formal do bispo ou do próprio Superior, segundo o que foi reiterado também por ocasião do Sínodo dos bispos caldeus, realizado em junho de 2013.” (RL)








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