Patriarca Bartolomeu recorda os 30 anos de Chernobyl


Istambul (RV) - O Patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, publicou uma mensagem por ocasião do aniversário do acidente nuclear que em 26 de abril de 1986 abalou a Ucrânia e o mundo.

Passados 30 anos do acidente nuclear de Chernobyl “devemos recordar para sempre. Recordar os nomes daqueles que morreram e recordar as trágicas consequências dos nossos falimentos”.

Mas devemos também “aprender a dizer ‘não’ às tecnologias com efeitos destrutivos”, ser capazes “de dizer ‘basta’ diante da mentalidade consumista e da competição da economia de mercado” e, enfim, “dizer ‘sim’ e curvar-nos diante da realidade que está acima de nós, a do Criador de toda a criação”.

É preciso uma ética da tecnologia

No texto, o líder cristão explica: “A memória é muito potente na religião e, sobretudo, no cristianismo, onde se torna uma força capaz de transformar. Através da memória lemos o passado, mudamos nossa conduta no presente e assumimos nossas responsabilidade em vista do futuro”.

A memória, sozinha, não basta: “Alcançamos um nível de desenvolvimento tecnológico tal que devemos aprender a dizer ‘não’ à tecnologia que destrói. Precisamos de uma ética da tecnologia”.

“Foi-nos presenteado um planeta esplêndido, mas seus recursos não são infinitos. As numerosas catástrofes naturais demonstraram amplamente o custo humano, financeiro e ecológico da busca desmedida pelo lucro.”

Eis o motivo porque “devemos aprender também a dizer ‘basta’ à mentalidade do consumismo e da competição da economia de mercado”, acrescenta o Patriarca Bartolomeu. (L’Osservatore Romano / RL)








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