Mons. Viganò: critério apostólico na reforma da mídia vaticana


Cidade do Vaticano (RV) - “A reforma dos meios de comunicação do Vaticano para ser eficaz deverá abranger não somente as estruturas, mas também os processos de comunicação.” 

Foi o que disse o Prefeito da Secretaria vaticana para Comunicação, Mons. Dario Edoardo Viganò, nesta quarta-feira (27/04), durante a coletiva na Sala de Imprensa da Santa Sé, aos participantes do 10º Seminário de Comunicadores, 400 de 40 países, promovido pela Pontifícia Universidade Santa Cruz, em Roma. O monsenhor se deteve sobre o tema “A Igreja e os novos desafios da comunicação”. 

Critério apostólico 

O Prefeito da Secretaria vaticana para Comunicação sublinhou que o critério fundamental, palavra-chave para entender a reforma em andamento dos meios de comunicação vaticanos, é “o critério apostólico” do qual seguem todos os outros. “O objetivo é fazer com que o Evangelho e o Magistério do Papa cheguem ao coração das pessoas, de todos. Este critério apostólico deve ser declinado de forma que não substitua a comunicação das Igrejas locais e ao mesmo tempo apoie as comunidades eclesiais que mais precisam”, sublinhou. 

Repensar a comunicação

Depois de ilustrar o processo da reforma que envolve a Rádio Vaticano e o Centro Televisivo Vaticano, Mons. Viganò reiterou que a reforma dos meios de comunicação do Vaticano não é somente uma “mudança semântica”, uma maquiagem ou uma simples integração ou coordenação de estruturas. “Trata-se de repensar a comunicação vaticana a fim de torná-la eficiente sobretudo num momento em que, com o desenvolvimento da mídia digital, é necessária uma maior convergência e interatividade. Em particular, é preciso repensar os processos de produção de forma transversal a fim de levar a um ‘novo fluxo comunicativo’. Um sistema de comunicação novo que seja atual no âmbito tecnológico, mas que ao mesmo tempo não se esqueça das realidades mais carentes, também no âmbito da comunicação.”

Participação e partilha

O monsenhor disse que “é preciso vencer a retórica autoconsoladora e abrir as janelas para ver se realmente respondemos às perguntas de nossos interlocutores, vencendo a tentação de olhar para o próprio umbigo”. Por isso, “devem ser valorizados os recursos humanos através de alguns pontos fortes como a formação, a reorganização, a consolidação do trabalho em equipe, participação e partilha. O Prefeito da Secretaria vaticana para Comunicação afirmou que considera fundamental neste processo o trabalho de grupo a fim de vencer os males do individualismo e da falta de coordenação. 

Ele acentuou a importância de uma liderança, sobretudo na comunicação, que não seja hierárquica, diretiva, mas que olhe para a rede de seus colaboradores e valorize o funcionário. Um guia baseado na partilha, que seja capaz de transformar um déficit comunicativo em algo mais. Uma liderança mais interessada em orientar perguntas que a receber respostas. 

Respondendo às perguntas dos participantes, Mons. Viganò disse que na comunicação é fundamental cultivar relações humanas e criar um contexto de simpatia humana. (MJ)

 

 

 

 

 

 

 

 








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