Líderes relgiosos: COP21 requer coragem e honestidade


Cidade do Vaticano (RV) – “Os desafios que nos aguardam requerem honestidade e coragem, porque todos deverão agir para reduzir as emissões poluentes”. É o que recordam 270 líderes e representantes religiosos que, em vista da cerimônia, sexta-feira, 22, em Nova York, para a assinatura do acordo sobre o clima, difundiram um apelo para solicitar Chefes de Estado e de Governo a ratificar o quanto antes o conteúdo do acordo alcançado na COP21, em dezembro de 2015.

Limitar o aquecimento global

O acordo será vinculante se for ratificado por um mínimo de 55 países, que somados representam 55% das emissões globais de gases de efeito estufa. Ficará estabelecido que até a segunda metade deste século, as emissões deverão se reduzir a zero, com o compromisso dos países em prosseguir o esforço para limitar o aumento da temperatura a 1,5 grau.

Responsabilidade comum

O apelo, entregue segunda-feira (18/04) à Assembleia geral das Nações Unidas, é assinado por expoentes religiosos como o bispo Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da Pontifícia Academia das Ciências e das Ciências Sociais, pelo rabino-chefe Shear Yashuv Cohen, o grande imame  Maulana Syed Muhammad Abdul Khabir Azad, o arcebispo anglicano Desmond Tutu, e pelo Secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, rev. Olav Fykse Tveit.

No texto, recordam que “o cuidado pela Terra é uma nossa responsabilidade comum”, e “cada um de nós tem o dever moral de agir, como afirmado na Encíclica Laudato si e em declarações de budistas, cristãos, hindus, judeus, muçulmanos, siques e outros líderes religiosos”. Com efeito, “o planeta já superou os níveis de segurança em relação ao gás carbônico e se não baixarem rapidamente, os impactos serão irreversíveis para centenas de milhões de vidas”.

Coragem e honestidade

Segundo as lideranças religiosas, portanto, “o desafio requer coragem e honestidade da parte de todos, em primeiro lugar dos governantes”. “É preciso iniciar uma transição dos combustíveis fosseis poluentes para fontes limpas de energia renovável. É claro que para muitas pessoas, isto comporta uma mudança radical nos próprios estilos de vida, mas devemos lutar por uma alternativa à cultura do consumismo, tão destrutiva para nós mesmos e para nosso planeta”.

“O futuro se abre à esperança”, escrevem. “O consenso sem precedentes registrado em Paris abriu um novo caminho; e a colaboração global entre todas as nações é a prova de que nossos valores comuns são bem maiores do que as diferenças que nos dividem”. 

(CM)








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