Card. Maradiaga: Papa em Lesbos, convite a maior humanidade

Neste sábado dia 16 de abril o Papa está na ilha de Lesbos na Grécia. Francisco visita refugiados acompanhado pelo Patriarca Ecuménico de Constantinopla Bartolomeu I e o Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia Hieronymos.

Uma visita que como explicou num encontro com os jornalistas, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, não tem um significado político mas reveste-se apenas de um caráter estritamente humanitário e ecuménico.

O Cardeal Oscar Rodriguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa nas Honduras, presente em Roma para uma conferência promovida pela Academia Pontifícia das Ciências Sociais, a propósito dos 25 anos da Encíclica “Centesimus Annus” de João Paulo II, pronunciou uma comunicação onde afirmou que a doutrina social da Igreja continua a ter um papel de grande importância para promover o bem comum da humanidade.

O Cardeal Maradiaga entrevistado pela Rádio Vaticano, referiu-se ao significado da visita do Papa Francisco aos refugiados na ilha grega de Lesbos considerando ser um convite “a uma maior humanidade”:

“Parece-me que seja muito importante, mesmo como sinal. No momento em que alguns países buscam fechar-se, o Santo Padre ‘abre-se’, e abre-se indo a Lesbos... Certamente não é fácil enfrentar esta viagem num só dia, mas ele fá-lo também por amor e para fazer com que toda a comunidade internacional reflita sobre o facto que os refugiados e os migrantes não são inimigos, mas gente que sofre, gente pobre, que precisa de tudo.”

“E não é somente uma ajuda intelectual, teórica, feita de medidas políticas; pior ainda, quando se constroem muros, que são a negação da solidariedade. Penso que seja certamente um problema complexo, mas o Santo Padre com este gesto, inclusive ecuménico, porque vai com o Patriarca, convida a uma maior humanidade.”

(RS)