Um jovem norte-americano, que ficou paralítico dos dedos e da mão depois de um acidente, recuperou a mobilidade, graças a um microchip implantado no seu cérebro. Trata-se de um tratamento pioneiro, afirma a revista Nature que publicou hoje 13 de Abril a noticia e os resultados de tal operação.
A investigação com sensores que captam a actividade neuronal, tinha permitido, até agora, transmitir sinais cerebrais a braços articulados externos, mas é a primeira vez que é recuperada a mobilidade nas extremidades de membros de uma pessoa com paralisia.
Uma equipa da Universidade Estatal de Ohio e do Instituto Feinstein para a Investigação Médica, ambos nos Estados Unidos, conseguiu ligar um implante cerebral a um dispositivo com 130 eléctrodos capazes de gerar movimento na mão. O sistema funciona como um bypass electrónico que contorna a lesão na espinal medula do jovem, sem mobilidade nas pernas e nos braços há cinco anos.
A partir de algoritmos de auto-aprendizagem, um computador descodifica a actividade neurológica de Ian Burhart, de 24 anos, e detecta quando o jovem está a pensar em realizar determinado movimento.
Com esta informação, o software dá a ordem em tempo real aos eléctrodos do braço para que os músculos executem acções, como fechar a mão, contrair o dedo ou rodar o pulso.
Quando o sistema está operacional, Ian Burhart pode levantar uma garrafa e verter o líquido num copo, ou carregar nos botões de um instrumento musical.
Segundo os cientistas, a tecnologia pode permitir, no futuro, que pessoas com paralisia se possam vestir e alimentar sozinhas.
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