Mostra fotográfica revela cotidiano da Guarda Suíça


Cidade do Vaticano (RV) - “A vida de um guarda suíço: um flash privado”, é o título de uma mostra fotográfica inaugurada nos dias passados nos Museus Vaticanos,  e que revela,  por meio de 87 imagens em preto e branco e à cores, aspectos da vida diária dos jovens suíços a serviço do Pontífice.

Aberta até 12 de junho, a exposição pretende revelar através das imagens, como um guarda vive o seu cotidiano. O Comandante Christoph Graf revelou durante a inauguração da mostra, que a visão que as pessoas têm do guarda, na clássica postura imóvel com o uniforme, não corresponde 100% à normalidade de sua vida, visto que existem dias marcados “pelas ordinárias atividades diárias e pelos serviços internos; serviços estes, que no final das contas, são sempre um desafio e um compromisso para os guardas que os realizam”. Como exemplo, o Comandante citou a experiência do serviço noturno realizado pelos guardas a partir da meia-noite, até às seis da manhã: um serviço – evidenciou – que muitos deles enfrentam, organizando um programa de atividades que consiste “no estudo da língua italiana, na leitura de jornais e livros e na preparação de exames e na oração”.

Perfil do guarda suíço

Mas, qual é o perfil da guarda pontifícia?  “São jovens suíços – explicou Graf – com cerca de 20, 23 anos, que depois de uma aprendizagem ou o segundo grau e o serviço militar, buscam um mínimo de dois anos em uma outra atividade”. Os motivos que levam à escolha de servir o Corpo podem ser diversos: entre estes, o Comandante enumerou “a tradição, o privilégio, servir em uma organização militar, estudar a língua ou conhecer a cultura italiana, descobrir o Vaticano e a Igreja Católica, servir o Papa”. Mas existem motivos de fé. “Muitos guardas – revelou – têm o desejo de crescer espiritualmente e até mesmo na Guarda temos também vocações. Quase que anualmente temos um guarda que decide entrar em um seminário ou em uma ordem religiosa”.

Uma família

O comandante ressaltou também a dimensão “família” do Corpo da guarda Suíça: “uma família – afirmou – que tem necessidade de cuidado e apoio”. E acrescentou que o objetivo principal é o de fazer com que estes jovens “se sintam bem, se sintam em casa”. Somente desta maneira – explicou – “pode ser cumprida a nossa missão. Não queremos ser super-heróis ou ser chamados de anjos da guarda do Santo Padre”. Antes disto, deve ser recordada a vontade de trabalhar “no silêncio, com dedicação e humildade” e em espírito de serviço. “Estou particularmente convencido – assegurou ao concluir – de que não existe uma missão mais nobre e bela do que a da Guarda suíça”. (JE)








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