2016-04-04 09:29:00

Semana do Papa de 28 de março a 3 de abril


Nesta “Semana do Papa” destacamos o Domingo da Divina Misericórdia celebrado no Vaticano com uma Vigília no dia 2 e uma Missa na Praça de S. Pedro no dia 3, II Domingo da Páscoa.

Fraternidade é caminho para a paz

Entretanto, tal como os dias antes do Tríduo Pascal foram marcados pelos atentados de Bruxelas, a Páscoa ficou marcada por um brutal atentado no Paquistão. Na cidade de Lahore morreram 72 pessoas e mais de 300 ficaram feridas. Um atentado suicida reivindicado pelo grupo talibã Jamaat ul Ahrar que referiu que o objetivo era atingir os cristãos que celebravam a Páscoa. O Papa Francisco referiu-se a este atentado na Segunda-Feira de Páscoa dia 28 de março na oração mariana do “Regina Coeli”:

“Repito, mais uma vez, que a violência e o ódio homicida conduzem somente à dor e à destruição; o respeito e a fraternidade são o único caminho para se chegar à paz” – disse o Santo Padre.

Deus é maior do que o nosso pecado

Quarta-Feira, 30 de março, audiência geral na Praça de S. Pedro com o Papa Francisco: o Santo Padre concluiu as suas catequeses sobre a misericórdia no Antigo Testamento, meditando sobre o Salmo 51, chamado Miserere.

Trata-se de uma oração penitencial – disse o Papa – precedida de uma confissão de culpa, na qual o orante deixa-se purificar pelo amor de Deus que torna-o uma nova criatura.

A tradição atribui este Salmo ao Rei David que, após ter cometido adultério com Betsabeia, fazendo em modo que o marido desta, Urias, fosse morto, é ajudado pelo profeta Natã a reconhecer a sua culpa diante de Deus.

Assim, neste Salmo, somos convidados a ter os mesmos sentimentos de David – declarou o Santo Padre – reconhecendo a nossa miséria, certos da misericórdia de Deus, cujo amor é maior que os nossos pecados. Neste momento da sua catequese o Papa Francisco pediu aos fiéis que repetissem com ele esta frase: “Deus é maior do que o nosso pecado”.

Uma obra de Misericórdia nas dioceses

Na tarde deste sábado dia 2 de abril o Papa Francisco presidiu na Praça de S. Pedro à Vigília de Oração da Divina Misericórdia. Na sua homilia o Santo Padre afirmou que “a misericórdia é, antes de mais nada, a proximidade de Deus ao seu povo. Uma proximidade que se manifesta principalmente como ajuda e proteção”.

O Papa exortou as dioceses a promoverem uma obra estrutural de misericórdia que perdure no tempo:

“Que belo seria que como uma lembrança, digamos, um monumento deste Ano da Misericórdia, que existisse em cada diocese uma obra estrutural de misericórdia: um hospital, uma casa de repouso para idosos, para crianças abandonadas, uma escola onde não haja, um hospital, uma casa para recuperar toxicodependentes… Seria belo que cada diocese pensasse: o que posso deixar como lembrança viva, como obra de misericórdia viva, como chaga de Jesus vivo neste Ano da Misericórdia.”

Escrever o Evangelho com gestos de misericórdia

3 de abril, Domingo da Divina Misericórdia – na Missa na Praça de S. Pedro o Papa Francisco afirmou, neste II Domingo da Páscoa, que o Evangelho é o livro da Misericórdia de Deus, um livro aberto onde podemos escrever com gestos concretos de amor e de misericórdia.

O Santo Padre falou da humanidade ferida que traz consigo as cicatrizes e a dor da incerteza. Francisco recordou que “cada enfermidade pode encontrar na Misericórdia de Deus um socorro eficaz”. A ajuda da Misericórdia de Deus está no Evangelho, um livro aberto para “ler e reler” com “gestos concretos”:

“Nem tudo foi escrito, o Evangelho da misericórdia permanece um livro aberto, onde continuar a escrever os sinais dos discípulos de Cristo, gestos concretos de amor, que são o testemunho melhor da misericórdia”– disse o Papa Francisco.

Os gestos concretos de que fala Francisco devem ser “simples” e até mesmo “invisíveis” – observou – para levarem a ternura e a consolação de Deus.

O Santo Padre recordou que de um lado existe a atitude dos discípulos no dia de Páscoa que têm medo e “fecham as portas de casa”. Por outro lado há a missão de Jesus que os “envia no mundo a levar o anúncio do perdão”.

Mas o caminho é só um – declarou o Papa: “sair de nós mesmos para testemunhar a força restauradora do amor que nos conquistou”.

É esta a paz que Cristo traz no dia de Páscoa – afirmou o Papa – a paz que vem “do coração do Ressuscitado, a paz que venceu o pecado, a morte e o medo”.

Paz para a Ucrânia e peditório para as vítimas

Na oração do Regina Coeli, no final da Eucaristia neste domingo da Divina Misericórdia, o Papa recordou as populações que têm sede de “reconciliação e de paz”. Em particular, o Santo Padre referiu-se “ao drama de quem sofre as consequências da violência na Ucrânia”.

Para além de os acompanhar com a sua oração o Papa Francisco decidiu que seja feito no próximo domingo 24 de abril um peditório em todas as igrejas católicas da Europa para “exprimir a proximidade e a solidariedade” do Santo Padre e de toda a Igreja para com a Ucrânia.

E com o Regina Coeli deste domingo terminamos esta síntese das principais atividades do Santo Padre que foram notícia de 28 de março a 3 de abril. Esta rubrica regressa na próxima semana sempre aqui na RV em língua portuguesa.

(RS)








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