2016-04-01 15:11:00

Angola à UE: abster-se de “ingerências” nos assuntos internos do País


O Ministério das Relações Exteriores de Angola reafirmou a necessidade de as entidades estrangeiras se absterem de pronunciamentos que induzam à comunidade internacional a interpretações negativas das decisões judiciais angolanas.

Em nota de esclarecimento tornada pública, quinta-feira (31 de Março), o Ministério reagiu à declaração da delegação da União Europeia em Angola, sobre a sentença do caso 15+2, que consiste na condenação de 17 cidadãos angolanos, entre 2 a 8 anos e seis meses de prisão maior, por actos preparatórios de rebelião e associação de malfeitores.

Na declaração conjunta os representantes diplomáticos europeus acreditados em Luanda, recordavam que o caso dos activistas, e as penas divulgadas na segunda-feira (25 de Março) pelo tribunal de Luanda, condenações de críticos do regime por actos preparatórios para uma rebelião e associação de malfeitores, “tem vindo a suscitar reservas no que concerne o respeito pelas garantias processuais e pelo princípio de proporcionalidade”.

Para o departamento ministerial, a declaração desta entidade internacional conforma uma ingerência inaceitável nos assuntos internos de um Estado soberano. A posição foi assumida aos jornalistas pelo secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Augusto, que chamou nesta quinta-feira o embaixador da UE em Luanda, Gordon Kricke, para, “prestar esclarecimentos” sobre a posição conjunta daquela delegação e das embaixadas dos Estados-membros.

No final da reunião, que se prolongou por cerca de 30 minutos, na sede do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador da UE, Gordon Kricke, não quis prestar declarações aos jornalistas.

De Luanda para a Rádio Vaticano, Anastácio Sasembele, Paz e bem;








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