Rabino Di Segni: Diálogo com a Igreja avança com prudência


Roma (RV) – O diálogo judaico-cristão avança, mas não pode ser feito apenas de gestos simbólicos. Foi o que destacou o Rabino Chefe da Comunidade Judaica de Roma, Riccardo Di Segni, no longo artigo intitulado “Diálogo, em frente com prudência”, publicado na edição de março do ECEI “Páginas Hebraicas”,  comentando a respeito do recente documento produzido pela Comissão vaticana para as Relações com o Judaísmo “Porque os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis”, poucas semanas após a visita do Papa Francisco à Sinagoga de Roma.

“Não cabe aos judeus comentar as dificuldades teológicas internas do mundo cristão, quanto mais referir-se às suas consequências práticas. Aqui os significativos progressos são de qualquer forma marcados pela sombra da dúvida, dada pela visão totalizante da salvação cristã e pela necessidade de proclamá-la e evangelizar; e existe a dúvida de que não resolvendo em modo lógico e convincente as dificuldades doutrinais (porque os judeus permanecem como povo de Deus e se salvam mesmo se não creem), mas confiando-as ao plano misterioso da fé, todo o conjunto é frágil e não tem a força de penetração junto ao vasto público”, observa Di Segni, em mérito ao documento vaticano que trata, entre outros, temas como o impacto da Declaração Nostra Aetate sobre o Diálogo, o Estatuto teológico do Diálogo Judaico-católico, a relação entre Antigo e Novo testamento, o mandato evangelizador da Igreja em relação ao judaísmo.

No amplo espaço dedicado pela publicação ao futuro do diálogo, também consta uma entrevista com o Diretor Internacional dos Assuntos Religiosos do American Jewish Committee, Rabino David Rosen, que pelo contrário defende: “Em andamento mudanças epocais”. (JE/Adnkronos)








All the contents on this site are copyrighted ©.