Desafio mídia vaticana: atenção a quem não dispõe de meios tecnológicos


Cidade do Vaticano (RV) - A Rádio Vaticano “não é uma rádio grande e potente, segundo os critérios do mundo, mas é importante aos olhos de Deus e de tantos fiéis”, porque “olha as coisas” segundo a ótica do Papa.

Foi o que disse o substituto dos Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, Dom Giovanni Angelo Becciu, na cerimônia de despedida de Pe. Federico Lombardi e de Alberto Gasbarri, respectivamente, diretor geral e diretor administrativo. Ambos concluíram esta segunda-feira (29/02) seu serviço na emissora vaticana.

Num momento de transformação como o atual, “se prospectam para a Rádio Vaticano novas esperanças e novas tarefas – acrescentou o arcebispo –, a finalidade específica, porém, permanece a mesma: a evangelização, mediante a difusão radiofônica da mensagem cristã”.

Porque a missão específica da emissora pontifícia é a de “olhar o mundo do ponto de vista da Santa Sé, propondo uma leitura da realidade à luz das palavras do Papa sobre grandes temas e as grandes questões que afligem a humanidade: a paz, a guerra, a pobreza, a justiça, o ambiente, o afastamento de Deus e a necessidade da fé e do Evangelho”.

Em seguida, o substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado quis recordar que Pe. Lombardi e Gasbarri “dedicaram uma parte consistente de suas vidas a serviço deste importante instrumento de comunicação”, para o anúncio evangélico, a defesa dos povos e dos direitos humanos.

A propósito dos colóquios e dos encontros mantidos aos longo dos anos com o religioso jesuíta, o prelado quis recordar como Pe. Lombardi “amava” e “defendia” a comunidade da Rádio Vaticano em seus direitos e em suas exigências, “com todo o coração, inclusive com palavras particulares, especiais”.

“Via nisso todo o amor de Pe. Lombardi por vocês”, disse o Arcebispo Becciu dirigindo-se aos funcionários da emissora do Papa.

Nestes 25 anos de guia de Pe. Lombardi, observou o prelado, a Rádio Vaticano, “junto às necessárias amplificações tecnológicas”, manteve e desenvolveu a linha segundo a qual “quem quer que a ouvisse no mundo, pudesse encontrar a perspectiva do Papa e da Sé Apostólica em todo e qualquer país, região, mesmo a mais remota”.

Portanto, ela é “um meio de comunicação social como os outros”, mas, “diferente de todos os outros”: é “singular, sui generis”, ponderou.

A atenção particular “aos últimos, às pessoas menos equipadas tecnologicamente, aos oprimidos” foi um elemento “qualificador da direção de Pe. Lombardi e constitui um desafio a ser levado em consideração no discernimento sobre a evolução da comunicação vaticana”, asseverou o Arcebispo Becciu. (RL)








All the contents on this site are copyrighted ©.