A ambição de impressionar o mundo


Dubai (RV*) - Amigos e amigas recebam uma saudação de Dubai, Emirados Árabes Unidos.

Até pouco tempo atrás ninguém sabia ou falava que, numa região deserta havia um lugarejo chamado Dubai. Tudo mudou a partir do momento em que um Sheik de cultura tribal visitou Nova York e Londres. Ficou deslumbrado com o que viu nas duas metrópoles. Se todo o mundo ficava de boca aberta com a ostentação e opulência daquelas cidades, por que não criar nos desertos da Península da Arábia, algo portentoso que impressionasse o mundo?   A ambição e a determinação do Sheik ganharam asas. Preferiu enfrentar desafios como erros, imprudências e iniciativas que suprimiram grande parte da cultura local, para realizar seus intentos.

Em geral nas grandes cidades do planeta existe um edifício, uma torre ou um monumento que as simbolizam. O monumento do Cristo Redentor, por exemplo, simboliza o Rio de Janeiro. Em qualquer país do mundo, ouve-se dizer: “ah! Rio, a cidade do grande monumento em cima da montanha”.

Dubai também precisava de um símbolo que a identificasse.  Sem seguir a lógica de privilegiar a cultura local, o Sheik Rashid pensou em algo que fosse o maior do mundo, sumptuoso e único. Depois de muitos estudos e propostas, aprovou o projeto de edifício do Burj Dubai, mais tarde renomeado de Burj Khalifah, exigindo, porém que sua altura chegasse a 828 metros.

O tamanho do projeto e seu design exigiam inovações tecnológicas significativas. Betão reforçado, criação de uma nova bomba de concreto de alta pressão, base em forma de triângulo para resistir aos ventos. Concreto de alta intensidade e baixa impermeabilidade garantiria a proteção contra produtos químicos e umidade, além de ter consistência para suportar a pressão de milhões de toneladas. Devido ao calor, que chega a superar os 50 graus Celsius, o concreto, misturado com gelo, seria derramado à noite, para impedir a secagem rápida, prevenindo rachaduras.

A construção da enorme torre iniciou-se no dia 21 de setembro de 2004 e terminou com a inauguração, em 04 de janeiro de 2010. Mais de seis mil convidados assistiram à cerimônia que contou com 10 mil fogos de artifício, feixes de luz projetados sobre e em torno da torre, além de efeitos de som, luz e água. Usando 868 holofotes com diafragmas, 50 combinações de luzes em movimentos, festejaram a entrega do edifício mais alto do planeta. Desde então, o Burj Khalifah é o símbolo de Dubai.

Apesar da imponência do Burj Khalifah, o melhor brilho é aquele da pessoa de bem.

“Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.” (Mt. 5:13-16).

*Missionário Olmes Milani CS. Das Arábias para a Rádio Vaticano








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