Pe Lombardi: Papa fala dos problemas do México como pastor


Cidade do México (RV) – A terça-feira do Papa Francisco em Morélia, terra marcada pela violência e pelo narcotráfico, foi vivida de forma intensa. O Diretor da Sala de Imprensa da Santa e da Rádio Vaticano, Padre Federico Lombardi, fez uma avaliação das atividades do Papa:

“Um grande encontro do Papa com o povo mexicano, não somente nos grandes eventos, mas também ao longo das ruas e através da mídia, que tem acompanhado com grande atenção tudo o que o Papa faz, minuto por minuto. Me parece que o lema que o Papa escolheu para a viagem – missionário da misericórdia e da paz – corresponda perfeitamente àquilo que o Papa está fazendo, porque é realmente um grande serviço espiritual, pastoral que aborda também os temas dramáticos que são vividos na sociedade mexicana de hoje, dos quais falamos tantas vezes e dos quais o Papa fala continuamente: ligados às migrações, ao tráfico de drogas, ao tráfico de pessoas, à violência... Porém, o faz em uma perspectiva que é a perspectiva de um pastor. O Papa passa uma mensagem realmente muito coerente com a sua missão, que tem presente a concretude dos problemas, mas que depois confia a solução às pessoas responsáveis, cada uma segundo a sua colocação, segundo as suas possibilidades”.

RV: No encontro com os jovens ele os definiu como “esperança e riqueza”. Substancialmente, este tema voltou mais vezes, durante a viagem. Ele coloca o foco, de modo particular, nos jovens, também para evangelizar ainda melhor a sociedade mexicana?

“Existe uma grande vitalidade, aqui, da pastoral para os jovens, mas também para as crianças, também para os pequenos, com instrumentos,  subsídios, métodos de apostolado adaptados a eles. E o encontro do Papa com as crianças na catedral teve também este significado. Os jovens entram na perspectiva da fé e da vida cristã, da participação na Igreja, caso contrário amanhã a Igreja não existe mais. E portanto, é importante também de um ponto de vista eclesial, o compromisso e a presença com os jovens, como é importante do ponto de vista social”.

RV: Aos sacerdotes, às religiosas e aos religiosos disse: “Não resignar-se”. Como acolheram esta mensagem?

“Mas, é muito parecido com o discurso aos jovens, ou seja, o problema em uma sociedade que tem grandes dificuldades, é evitar desencorajar-se,  e assim deixar-se dominar pelas forças muito ativas que estão arruinando a sociedade, que a estão corrompendo, que estão lucrando com a morte, com a violência  e com um uso incorreto do poder. Portanto, o Papa com o tema da oração, da memória, do passado positivo e da vocação a serviço dos outros, encoraja os religiosos; mas é mais ou menos  na mesma linha do que falou aos jovens”. (JE)








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