Paz e reconciliação na pauta da Assembleia dos Bispos colombianos


Bogotá (RV) – Teve início na segunda-feira, 15, em Bogotá, a 100ª Assembleia do Episcopado colombiano. No discurso de abertura, o  Presidente, da Conferência Episcopal (CEC) e Arcebispo de Tunja, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, tratou, entre outros, de temas como a anunciada viagem do Papa Francisco ao país em 2017 e a participação da Igreja na fase pós-conflito dentro de uma ótica de misericórdia.

Misericórdia, perdão e reconciliação, os três desafios

O Presidente da CEC, ao referir-se à iminente e desejada assinatura do acordo de paz entre Governo e a guerrilha das FARC, explicou que a misericórdia, o perdão e a reconciliação são os três grandes desafios que estão diante da Igreja e podem ser a melhor contribuição para o pós-conflito. “É impossível – afirmou – que aquele que em seu coração é cheio de ódio, vingança e revanche, possa praticar a misericórdia. Por isto, devemos prosseguir em favorecer o perdão e a reconciliação para construir comunidades reconciliadas e mensageiras de reconciliação”.

Justiça transnacional

No discurso, Dom Castro Quiroga expressou preocupação pelos muitos colombianos que não tem claro o valor da assim chamada “justiça transnacional”, um dos pontos mais delicados do acordo de paz. “Esta justiça – explicou – pode nos parecer branda, pouco justa, garantia de impunidade, mas as coisas não são assim. Trata-se de uma solução excepcional para responder a uma situação extraordinária, é um passo importante para introduzir a misericórdia no processo penal. É como um gole de água no deserto”.

Crianças-soldado

Ao concluir, o Presidente da CEC convidou os bispos a promover ações de apoio e ajuda voltados, em particular, aos jovens que foram crianças-soldado na guerrilha. A Assembleia concluir-se-á no dia 19. (JE/Sir)








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