2016-02-15 13:45:00

Moçambique - Daviz Simango: “não aos partidos armados” no país


O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM, a segunda maior força política da oposição), Daviz Simango, em exclusivo à reportagem da Rádio Vaticano em Maputo, falou sobre a estratégia do seu partido no actual quadro político do país e tendo em conta os próximos pleito eleitorais.

Segundo afirmou Daviz Simango, numa breve achega sobre o historial do seu partido, o MDM nasce numa altura em que o país registou vários processos eleitorais. Havia necessidade de expandir o partido aos distritos. Tendo surgido há seis anos, fazer face a Frelimo (partido no poder) e a Renamo (o maior partido da oposição), não foi tarefa fácil. “Mas não fundámos o MDM para ocupar o lugar da oposição. Existimos para governar o país. ‘Moçambique para Todos’ é o nosso lema. Neste momento, as nossas atenções estão voltadas para o processo de preparação das conferências da liga feminina e da juventude, respectivamente. Neste ano 2016 vamos realizar o 2º congresso. 

“Nós como políticos não queremos partidos armados”

Para Daviz Simango, o presidente da terceira maior força política do país, provavelmente a Frelimo e a Renamo tiram algum ganho ou proveito com instabilidade político-militar no país. “Nós como políticos não queremos partidos armados. Duvido que a Renamo e a Frelimo estejam interessados em manter a paz em Moçambique. Já dissemos que estes dois partidos devem abandonar as armas. O caminho da paz passa pela inclusão e envolvimento de toda a sociedade moçambicana no processo de desenvolvimento do país. A descentralização efectiva pode igualmente garantir a paz no país”,acrescentou.

Simango defende eleição dos governadores provinciais

O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), a terceira força política nacional, Daviz Simango, afirmou que o país precisa de uma revisão pontual da Constituição da República para que a democracia flua.

De acordo com o presidente do MDM, a proposta da eleição dos governadores provinciais num processo de escolha livre e justo, através da votação popular, reprovada pela Frelimo, o partido no poder desde a independência nacional há 40 anos, iria de tal maneira contribuir para a melhoria do processo democrático.

"Os moçambicanos, o governo e a sociedade civil no geral, saberiam definir o processo de descentralização de poderes da administração e dos recursos do País. Somente através do voto do povo esse importante cargo administrativo do país poderá ser exercido de uma maneira mais democrática, onde o povo será munido de mais poder para eleger quem o governa a nível local”, concluiu.

Hermínio José, Maputo.








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