Hospitais bombardeados na Síria


Damasco (RV) – “Nós da UNICEF estamos desconcertados pelas notícias dos ataques contra quatro estruturas de saúde na Síria, duas das quais recebiam apoio da UNICEF. Uma das quais é um hospital materno-infantil, onde algumas crianças foram mortas e muitas evacuadas com urgência”. É o que declara o órgão da ONU para a infância deplorando os bombardeios ocorridos em Azaz, Aleppo e em Idlib, onde um dos hospitais foi alvo de ataques quatro vezes.

Somente na cidade de Azaz foram bombardeadas também duas escolas, com pelo menos seis crianças mortas. Na Síria, um terço dos hospitais e um quarto das escolas – 5.000 – foram destruídos ou inutilizados por ataques, informa a UNICEF, que chama a atenção para o fato de que, além de todas as considerações diplomáticas e obrigações da proteção da infância, segundo o direito internacional humanitário, “as maiores vítimas são as crianças”.

Milhares sem acesso a serviços de saúde

“Parece ser um ataque deliberado contra a estrutura de saúde e o condenamos com a maior força possível”, disse por sua vez Massimiliano Rebaudengo, responsável pela missão da Ong Médicos Sem fronteiras. “A destruição deste hospital deixa uma população de cerca 40 mil pessoas sem acesso aos serviços sanitários em uma zona de conflito”. O hospital em Idlib, com 30 leitos, contava com um staff de 54 pessoas, duas salas de cirurgia, um ambulatório e um Pronto Socorro. A Médicos Sem fronteiras está dando suporte ao hospital desde setembro de 2015 e cobriu todas as suas necessidades, incluindo médicos e custos de gestão.

Atingido Hospital em Azaz

É de pelo menos 10 civis mortos o saldo do ataque aéreo russo na zona de Azaz, no norte da Síria, na fronteira com a Turquia. Segundo refere o Observatório sírio para os direitos humanos, entre as vítimas estão duas mulheres (uma grávida) e três menores. Os bombardeios atingiram o hospital de Azaz e o povoado de Kalyibrin. A cidade de Azaz é martirizada há dias por bombardeios. O Premier Ahmet Davutoglu disse que um míssil balístico russo atingiu a localidade. Mas a zona é atacada há 48 horas pelas forças armadas turcas. Ankara diz que o objetivo é impedir que a localidade seja conquistada pelos curdos. (JE)

 

 


 








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