Cristãos sírios: Encontro em Cuba é percebido como fruto da cruz que carregamos


Aleppo (RV) – “Os cristãos da Síria se deram conta que seu sofrimento não acontece por nada. De fato, o encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill é percebido como fruto da cruz que estão carregando. O sofrimento de todos os cristãos no Oriente Médio traz consigo o fruto da unidade, e poderá trazer também outros. Isto, para nós, é uma grande consolação e nos ajuda a seguir em frente, mesmo que devamos sofrer ainda”. Assim o Vigário Apostólico de Aleppo para os católicos de rito latino, Dom Georges Abou Khazen, descreve os sentimentos que registrados nestes dias entre os cristãos de sua cidade, enquanto as notícias sobre o encontro em Cuba entre o Bispo de Roma e o Primaz da Igreja Ortodoxa russa se misturam àquelas sobre um iminente cessar-fogo no palco da guerra síria.

“Há alguns dias – acrescenta o bispo – outro representante do Patriarcado de Moscou foi taxativo ao afirmar que foi a necessidade da comum solicitude pelo sofrimento dos irmãos cristãos do Oriente Médio que tornou urgente o encontro em Cuba. Falamos disto também na homilia e em nossos encontros. Os fieis reencontram a coragem, quando se dão conta que seus sofrimentos tem uma ligação misteriosa com a unidade entre os irmãos separados, onde Cristo nos abraça e nos consola a todos”.

O Vigário Apostólico de Aleppo informa também sobre as expectativas suscitadas na população pelo anúncio de um possível, iminente cessar-fogo, imposto pelas partes envolvidas no conflito sírio: “Para nós – declarou à Agência Fides – seria um sonho. Permanece a incógnita dos grupos jihadistas. Sabemos que para boa parte deles são estrangeiros. Quem os comanda? A quem respondem? Irão aderir à trégua?”.

Por fim, a propósito da situação em Aleppo, comenta que o exército regular “avança com a ajuda dos russos, e nos bairros liberados recomeça a funcionar a água e a luz, as escolas são reabertas. Em muitas situações, é oferecida a possibilidade de reconciliação aos  sírios que estabeleceram ligações com grupos rebeldes. São as milícias combatentes controladas por estrangeiros, no entanto, que oferecem ainda  resistências e impõe a guerra. E entre a população prevalece o apreço pelo papel desempenhado pelos russos”. (JE/Ansa)








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