Artigo: Casa comum, nossa responsabilidade


Passo Fundo (RV) - Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca (Amós, 5,24). Na quarta-feira de cinzas iniciou, no calendário litúrgico da Igreja Católica, a quaresma. Tempo favorável para converter-se ao centro do cristianismo que é o Mistério Pascal, isto é, a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Cristo veio ao mundo não para condená-lo, mas para salvá-lo. Veio gerar vida abundante. Empenhou-se tanto nesta missão que ofereceu a própria vida, para gerar mais vida.

Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca (Amós, 5,24).

Em 1961 é lançada uma semente que brotou, se desenvolveu e que aos poucos foi tomando a forma daquilo que conhecemos hoje como Campanha da Fraternidade, que tem por tema em 2016: Casa comum, nossa responsabilidade. Tendo por objetivo principal assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas.

A terra é a nossa casa comum. Esta verdade nunca foi tão clara e evidente. As coisas boas e as ruins se espalham mundialmente. Não existem mais fronteiras. Vamos ao tema do momento. O mosquito Aedes aegypti e o zika vírus vieram da África. Hoje estão colocando o mundo em polvorosa.

Por isso que o saneamento básico é responsabilidade comum, tanto dos poderes públicos quanto das comunidades e de cada indivíduo. O cuidado daqui ou o descuido daqui repercutem mundialmente.

A nossa penitência quaresmal será entendermos o que é saneamento básico e tomarmos medidas concretas para ajudar no cuidado da Casa Comum. Fazendo isto estaremos nos convertendo ao projeto de vida e salvação pelo qual Jesus deu a sua vida.

Dom Rodolfo Luis Weber

Arcebispo de Passo Fundo








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