Judeus e muçulmanos russos aplaudem encontro do Papa com Kirill


Cidade do Vaticano (RV) – As comunidades não cristãs da Rússia, como muçulmana e judaica, também acolhem positivamente a notícia do histórico encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill, programada para se realizar em Cuba na próxima sexta-feira, 12. Um acontecimento importante – sublinham – não somente para o futuro das relações entre os cristãos, mas também para a estabilidade e a paz na mundo.

Muçulmanos

“Cada encontro é um passo em direção à compreensão recíproca”, declarou à Agência Interfax-Religion o Grão Mufti da Rússia, Talgat Tadzhuddin. Referindo-se ao Patriarca de Moscou, o religioso muçulmano recorda como Kirill, durante sua precedente função como Metropolita e co-fundador do Conselho Interreligioso da Rússia, tenha acumulado uma “rica experiência no diálogo” entre os fieis e as diversas tradições religiosas.

“Esta experiência – acrescentou – permitirá a ele tornar este encontro com o Papa realmente histórico e terá um efeito benéfico sobre a situação dos cristãos e as suas relações recíprocas”. Tudo isto – precisou – não somente para sanar as feridas e as divisões do passado, mas também em consideração ao fato de que em vastas regiões do planeta, do Oriente Médio à África, os cristãos sofrem ataques e perseguições. A atual escalada de violência entre cristãos e muçulmanos “é uma coisa recente e foi introduzida artificialmente por políticos e extremistas” explica Tadzhuddin, sublinhando a importância em prosseguir o caminho do diálogo.

Comunidade judaica

Também a comunidade judaica na Rússia sublinhou  a importância do evento que se realizará no Aeroporto de Havana. “Abençoamos este encontro”, declarou o Rabino Zinovy Kogan, Vice-Presidente do Congresso das Comunidades e organizações judaicas na Rússia. “O atual Papa encoraja de todas as formas possíveis o diálogo entre judeus e católicos”, sublinhou Kogan, recordando positivamente o encontro de 20 de abril do ano passado no Vaticano entre o Pontífice e o Presidente da Conferência dos Rabinos Europeus, o Rabino Chefe de Moscou, Pinchas Goldsmith. (JE/Osservatore Romano)

 

 








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