Papa Francisco celebra o Jubileu da vida consagrada


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco é uma bênção para todos os religiosos: é o que afirma o presidente da União dos Superiores Gerais (Uisg), Pe. Mauro Jöhri, ao avaliar a experiência global vivida pelas Ordens, Congregações e Institutos religiosos durante o Ano da Vida Consagrada, que se conclui esta terça-feira (02/02).

O encerramento tem lugar com a celebração da santa missa com os religiosos, na tarde desta terça-feira, às 17h30 locais, na Basílica de São Pedro, celebração esta que coincide com o Jubileu da Vida Consagrada.

Entre os religiosos e religiosas presentes encontram-se 400 monjas provenientes do mundo inteiro, as quais participaram de uma corrente de oração ao longo do Ano jubilar da Vida Consagrada. A propósito, a Rádio Vaticano ouviu o presidente da União dos Superiores Gerais, Pe. Jöhri:

Pe. Mauro Jöhri:- “O Ano dedicado à vida consagrada foi um ano que permitiu às dioceses, à Igreja, dar-se conta, alegrar-se com o fato de que a vida consagrada existe. A minha esperança é de que, de certo modo, em todos os lugares tenha havido esta tomada de consciência, sobretudo no que diz respeito àquilo que somos como religiosos: penso que aquilo que se tem a peito seja a consagração, uma vida dedicada a Deus vivida na simplicidade, na pobreza e na obediência, e que quer ser uma vida dedicada a quem mais necessita. A vida consagrada pode alegar-se grandemente com o Papa Francisco, com a sua presença e por aquilo que ele nos disse até agora. O impulso, por exemplo, a ir às periferias, a estar próximo dos pobres, a ser portadores de alegria, o fato de viver o nosso tempo com paixão, de enfrentar o futuro com muita esperança... Este Papa está dando à vida consagrada uma riqueza de propostas que agora cabe a nós colocar em prática.”

RV: O senhor esteve recentemente, junto com o prepósito geral dos Jesuítas, Pe. Adolfo Nicolás, em audiência privada com o Papa. De que se falou na ocasião?

Pe. Mauro Jöhri:- “Pe. Nicolás queria, sobretudo, apresentar-me ao Papa neste novo papel de presidente da União (Uisg). Falamos de muitas coisas: por exemplo, a questão do acesso a todos os encargos dentro das nossas Ordens por parte de todos os membros da Ordem, portanto, sacerdotes e leigos. Existem muitas Ordens religiosas que estão preocupadas com uma “clericalização”  da vida consagrada. O Papa mesmo me dizia: “Primeiro consagrados, depois sacerdotes”. Queremos pedir que a Igreja conceda que, em nome da vida consagrada, todo consagrado possa exercer também o encargo de ministro provincial ou geral. O Papa encorajou-nos a seguir adiante e a preparar a documentação necessária porque para se chegar a isso é preciso mudar o Direito canônico.”

RV: Já são praticamente três anos do Papa Francisco: o que são estes três anos?

Pe. Mauro Jöhri:- “Três anos do Papa Francisco são uma bênção, como o foi o Papa Bento XVI. Claramente, o Papa Francisco trouxe uma lufada, um ar novo, diria, sobretudo pelo estilo com o qual está realizando o seu ministério e pela coragem com a qual anunciou e está enfrentando uma reforma da estrutura vaticana. O que mais me impressiona é essa sua liberdade. Atribuo isso também ao fato de ele como provincial dos Jesuítas na Argentina, durante o período da ditadura, ter colocado em risco a própria vida para salvar vidas. Muitas pessoas devem a vida a ele, por ter conseguido fazê-las partir, não olhava se a pessoa era cristã ou não para encontrar soluções para pessoas que estavam ameaçadas. Percebo isso e nesse sentido sou muito grato por sua presença e por aquilo que está fazendo. Esperamos que o Senhor lhe conceda muita saúde e muitos anos ainda para poder levar adiante aquilo que tem a peito.” (RL)

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