Corpos dos Santos Confessores em Roma: ressaltar a misericórdia


Cidade do Vaticano (RV) – O envio dos Missionários da Misericórdia e o traslado temporário dos corpos de São Pio de Pietralcina e de São Leopoldo Mandić a Roma foram os temas principais da coletiva de imprensa realizada esta sexta-feira, 29,  na Sala de Imprensa da Santa Sé. Os dois eventos foram apresentados pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella. O prelado informou que até o momento tomaram parte nos eventos jubilares cerca de 1,4 milhões de pessoas, 40% delas provenientes do exterior. Neste dia 30 será realizada a primeira audiência geral dos sábados por ocasião do Jubileu da Misericórdia.

Padre Pio e Leopoldo Mandić, Santos do perdão e da misericórdia

O prelado recordou a particular devoção do Pontífice pelo capuchinho de origem croata que, precisamente como Padre Pio de Pietralcina, passava a maior parte do dia no confessionário, onde milhares de pessoas encontravam no diálogo com ele, “o testemunho privilegiado do perdão e da misericórdia”:

“Alguns de seus confrades diziam que era ignorante e por demais generoso, que absolvia todos sem muito discernimento. A sua resposta simples e humilde deixava porém sem palavras: “Se o Crucificado tivesse que me repreender pelo excesso de generosidade, responderia a ele: este mau exemplo, Senhor, me deste você. Eu ainda não cheguei à loucura de morrer pelas almas”.

Relíquias dos dois Santos na Basílica de São Pedro

Dom Fisichella passou então a apresentar o programa do traslado das relíquias dos dois Santos – em urnas visíveis – que chegarão a Roma em 3 de fevereiro e serão depositadas na Igreja de São Lourenço fora-dos-muros. Já no dia 5 de fevereiro, depois de uma procissão na Via da Conciliação - onde são esperados milhares de fieis – as urnas serão colocadas na nave central da Basílica de São Pedro, onde poderão ser veneradas até a manhã do dia 11 de fevereiro:

“É uma coisa inédita que dois pobres frades, que nunca saíram de suas respectivas cidades em vida,  venham de maneira assim solene a Roma. Creio que é realmente um evento extraordinário”.

Dom Fisichella observou ainda que os grupos de oração do Padre Pio serão recebidos pelo Papa em uma audiência extraordinária no dia 6 de fevereiro.

Missionários da Misericórdia

O Presidente do Dicastério para a Nova Evangelização falou a seguir sobre o mandato do Papa ao Missionários da Misericórdia, durante a celebração da Quarta-feira de Cinzas, em 10 de fevereiro. Trata-se, de fato, de 1071 missionários de todo o mundo, aos quais o Papa conferiu a autoridade de perdoar também os pecados reservados à Sé Apostólica. Estarão presentes em Roma 700 deste missionários, que o Papa encontrará no dia 9 de fevereiro, para expressar “quanto lhe é importante esta iniciativa que é certamente um dos momentos mais sugestivos e significativos do Jubileu da Misericórdia”:

“Os missionários da misericórdia são alguns sacerdotes que recebem o encargo do Papa para serem testemunhas privilegiadas nas suas Igrejas particulares da extraordinariedade do evento jubilar. É somente o Papa que nomeia estes Missionários, não os bispos, e a eles confia o mandato de anunciar a beleza da misericórdia de Deus, a serem confessores humildes e sábios, capazes do grande perdão para aqueles que se aproximam do confessionário”

Jubileu da Cúria

O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização antecipou que no dia 22 de fevereiro terá lugar o Jubileu da Cúria. A celebração prevê uma reflexão na Sala Paulo VI, conduzida pelo sacerdote jesuíta Marko Ivan Rupnik, seguida por uma procissão na Praça São Pedro com a passagem pela Porta Santa e a celebração da Missa presidida pelo Pontífice.

Gestos de misericórdia

O prelado recordou ainda dois sinais realizados por Francisco como testemunho concreto da misericórdia: a abertura da Porta Santa da Caridade no Albergue Don Di Liegro e a visita aos idosos e aos doentes em estado vegetativo na sexta-feira da última semana em Torre Spaccata, periferia de Roma:

“Estes sinais têm um valor simbólico diante das tantas necessidades que a sociedade de hoje apresenta; pretendem, assim, provocar todos em constatarem as tantas situações de necessidade presentes em nossas cidades para oferecer uma pequena resposta de atenção e de ajuda”. (JE)








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