Açailândia: violência e tortura contra quem protesta


Cidade do Vaticano (RV) – Voltamos hoje a Açailândia, na divisa entre Maranhão e Pará, com o padre comboniano Dario Bossi, estudioso de temáticas socioambientais no território. Na região, há cerca de 40 anos, foi implantado o Programa Grande Carajás. O projeto de exploração mineral se estende por 900 mil km², numa área que corresponde a um décimo do território brasileiro e que é cortada pelos rios Xingu, Tocantins e Araguaia. Ali vivem 2 milhões de pessoas em 100 comunidades: são indígenas, ribeirinhos e quilombolas.

Paralelamente, foi construída a Estrada de Ferro Carajás “para facilitar o escoamento das riquezas minerais extraídas”, que são em sua grande maioria exportadas. Fala-se de mais de 100 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, principalmente levadas para a Ásia.  

O consumo de água

Junto com as ferrovias, as condições hídricas dos rios amazônicos são fundamentais para o escoamento dos minerais extraídos e para assegurar a operação da usina de Tucuruí, necessária para o funcionamento das indústrias de transformação de minerais.

No entanto, o impacto ambiental e social junto às comunidades é drástico. Além disso, há o impacto da criminalização e da violência de quem protesta. Padre Dario denuncia até o recurso à tortura. Ouça-o, clicando abaixo:

(CM)








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