2016-01-29 19:11:00

A ajuda aos leprosos seja um gesto de comunicação e ternura


Ocorre no próximo domingo, 31 de Janeiro, o 63º Dia Mundial da Lepra, sob o tema “Viver é ajudar a viver”.

Na sua mensagem para este Dia, publicada nesta sexta-feira (29/1/16), o Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, D. Zygmunt Zimowski,  sublinha que este Dia constitui uma nova ocasião para prosseguir a luta contra esta terrível infecção, assim como também para debelar o ostracismo, a marginalização em relação às pessoas afectadas por esta doença. Uma marginalização – escreve D. Zygmunt Zimowski,  – reconduzível a um sentido natural de autodefesa em relação a uma doença, outrora incurável e a um medo quase ancestral que, no entanto, hoje não tem razão de ser, na medida em que a lepra pode ser derrubada e quem é curado pode voltar a viver.

O afastamento, assim como a exclusão da vida social de quem traz em si sinais desta doença, são totalmente irracionais e, provocam, aliás, ulteriores e injustificáveis sofrimentos a quem, sem culpa nenhuma, já sofre por causa das lesões e por vezes de handicaps, provocados pela própria doença. Neste sentido, aqueles que estão em condições de saúde – frisa D. Zimovski na sua mensagem – são chamados a ajudar a viver de forma digna aqueles que ainda hoje são vítimas de um injustificado estigma social.

Isto constitui um sinal concreto de solidariedade, de autentica fraternidade e de misericórdia, precisamente na linha daquilo que pede o Papa Francisco – isto é de conseguir ajuda-los “olhando-os nos olhos” sem “ter medo de os tocar” e, portanto, fazendo com que  “o gesto de ajuda seja também um gesto de comunicação, um gesto de ternura”.

Um empenho – continua D. Zimowski, que se inscreve na solicitude que o próprio Papa sublinhou na Mensagem para o próximo dia Mundial do Doente a ter lugar este ano em Nazaré, no dia 11 de Fevereiro, e cujo temática de fundo é: “Na solicitude de Maria se reflecte a ternura de Deus. E essa mesma ternura faz-se presente na vida de tantas pessoas que se encontram ao lado dos doentes e sabem colher as necessidades, mesmo as mais imperceptíveis, porque olham com olhos cheios de amor”.

Neste gesto concreto e desinteressado se pode, efectivamente, reconhecer o tema escolhido para o Dia dos Doentes de Lepra deste Ano: “Viver é ajudar a viver” - sublinha D. Zimowski.

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Um exemplo das pessoas que souberam olhar com amor para os doentes de lepra é a irmã Antónia Fidalgo Barros, que já tem 40 anos de vida religiosa na Congregação das Franciscanas da Imaculada Conceição. Dedicou toda a sua juventude a cuidar de leprosos na Casa Betânia, na ilha do Fogo, em Cabo Verde. Agora trabalha no “Lar de Idosos”, onde têm alguns ex-leprosos. Em conversa connosco, em Junho de 2015, recordou esses tempos da Casa Betânia…

Um dos ex-leprosos que encontramos nesse “Lar de Idosos” de São Filipe, no Fogo, foi o Sr. Miguel com o qual tivemos uma simpática conversa…

Voltemos ainda à mensagem do Presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde, D. Zimovsky, o qual informa que o organismo por ele presidido vai organizar nos dias 10 e 11 de Junho, no Vaticano, duas jornadas de estudo sobre a lepra. Tudo em colaboração com a Fundação Sasakawa e a Fundação Raoul Follereau e na linha do empenho da Igreja a favor da cura dos doentes de lepra e do apoio de que já se curou. Pretende-se também reforçar a sensibilidade das pessoas em relação a toda a problemática da lepra.

Nessa ocasião, os participantes no encontro poderão assistir no dia 12 de Junho à celebração eucarística presidida pelo Papa Francisco na Praça de São Pedro por ocasião do Jubileu dos Doentes de de pessoas com necessidades especiais.

(DA) 








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