Jubileu da Misericórdia: atenção aos anseios das famílias


Albufeira (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vicenzo Paglia, expressou o desejo de que o Jubileu da Misericórdia seja uma ocasião para os cristãos estarem mais atentos aos dramas e anseios das famílias. As palavras do prelado foram expressas durante um encontro que se conclui nesta quinta-feira (28/01), em Albufeira, Portugal, de atualização do clero das dioceses da Província Eclesiástica do Sul que inclui Algarve, Beja, Évora e este ano, pela primeira vez Setúbal. 

Porta Santa

“As Portas Santas da misericórdia não estão apenas nas catedrais, temos de as encontrar em cada casa, temos de as abrir para sairmos ao encontro dos outros e para acolher”, disse o arcebispo à Agência Ecclesia. Este ano, o evento organizado pelo Instituto Superior de Teologia de Évora teve como foco principal o último Sínodo dos Bispos sobre a Família. Dom Paglia procurou despertar os participantes para a mudança que tem de acontecer no seio da Igreja e não só, no que toca ao cuidado para com as famílias, que formam o coração da sociedade.

“O Sínodo foi um momento importantíssimo para a Igreja e para o mundo, porque a família não é uma questão católica, é uma questão da humanidade, e a família debate-se hoje com problemas terríveis, de divisões, dramas, incertezas”, observou o arcebispo italiano. Para o prelado, é fundamental que as famílias cristãs consigam mostrar o verdadeiro significado do “Sacramento do matrimônio”, em que cada pessoa é desafiada “a pensar mais nos outros” e nas “gerações vindouras” do que “em si mesma”.

Família

Uma ideia que o presidente do Pontifício Conselho para a Família desenvolveu durante a mensagem que transmitiu aos sacerdotes, apontando que “a família continua a ser o caminho privilegiado para a plena humanização”, para “uma sociedade menos individualista, menos conflituosa, menos violenta e mais capaz de amar e ser solidária”.

Nesse sentido, Dom Paglia exortou os bispos e sacerdotes presentes no encontro de atualização a estarem ao lado das famílias, tomando como exemplo o Papa Francisco que tem baseado o seu pontificado na figura do “bispo-pároco”, ou seja, de alguém que apesar de estar numa posição de líder, nunca perdeu o gosto pelo contato pessoal com as pessoas. “Não percam essa paixão”, pediu o arcebispo italiano, alertando que “só compreendendo as famílias é que poderemos ter uma Igreja também familiar”. (MJ/Agência Ecclesia)

 








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