Dia Mundial da Religião: diálogo, tolerância, liberdade


Campos (RV) – Acabamos de celebrar (21/01) o “Dia Mundial da Religião”, instituído em 1949 pela “Assembleia Espiritual Nacional”, entidade integrada por membros da Confissão Fé Bahá'í, que surgiu na Pérsia, em 1844, e por outros credos.

A finalidade desta iniciativa é promover o diálogo e a união entre as diversas crenças no mundo e defender a tolerância e a liberdade religiosa.

Segundo Dom Roberto Ferrería Paz, Bispo de Campos (RJ), “é importante resgatar esta iniciativa, pois, vem a valorizar o sentido  e profundo significado da religião para a humanidade” como também “a necessidade de respeitar a pluralidade de caminhos espirituais, que buscam a transcendência”.

“Não haverá paz no mundo – diz o Bispo - se as religiões não dialogarem, compartilhando suas tradições, promovendo juntas a defesa da vida, da integridade do planeta, a justiça social, inclusão dos pobres e os direitos humanos, sem esquecer, mas dando prioridade, ao próprio direito de cultuar a Deus segundo a sua identidade confessional”.

“Ainda se torna essencial reconhecer o contributo da religião para a educação humana, sendo que a pessoa exige o desenvolvimento da sua espiritualidade e da sua dimensão religiosa, como respiração da sua alma”.

“A vivência religiosa tampouco pode ser confinada ao âmbito privado ou da intimidade, - afirma Dom Roberto - uma vez que ela tem claramente uma função pública e comunitária. Quando se pensa que o ensino religioso ofende a laicidade do Estado, estamos a tolher e recortar no cidadão uma fonte de inspiração, princípios e valores, que não só pauta seu comportamento, mas dá as razões últimas à sua existência, possibilitando a esperança, a harmonia e a convivência social”.

“Podemos edificar a sociedade humana sem Deus, mas será menos humana e mais violenta, - afirmou -. A religião é a luz e a fonte dos valores morais, dos costumes familiares, da solidariedade humana, do respeito ao bem comum, o sustento da lei e da ordem justa. A vitalidade e a coesão de uma cultura está cimentada organicamente na religião, como afirma o documento de Puebla, que constitui a sua alma”.

O Bispo de Campos concluiu sua reflexão perguntando: “O que seria uma cidade sem templos e igrejas, sem fé e oração, sem espiritualidade e devoção, apenas um lugar, ou lugar nenhum? Que o Deus da revelação e da misericórdia nos atraia e nos impulsione a buscá-lo e adorá-lo com amor e liberdade!” (MT/ Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, Bispo de Campos, RJ)

 








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