Di Segni: Francisco na Sinagoga, sinal de amizade e respeito


Cidade do Vaticano (RV) - Grande expectativa pela visita do Papa Francisco, no próximo domingo (17), à Sinagoga de Roma. Esta é a terceira visita de um Pontífice ao Templo Maior da capital italiana após a primeira visita histórica de São João Paulo II em 1986 e a do Papa Bento XVI, em 2010. A Rádio Vaticano transmite o evento a partir das 12.55h, horário de Brasília. Sobre as expectativas para esta visita a Rádio Vaticano ouviu o Rabino-chefe da comunidade judaica de Roma, Riccardo Di Segni:

R. - É um convite que foi feito apenas Francisco foi eleito, com toda a calma necessária para poder programá-la, me parecia importante que também este Papa ultrapassasse as portas da Sinagoga, após seus dois predecessores. Um convite necessário e feito com simpatia.

P. – O senhor pode nos antecipar como se desenvolverá, em termos gerais, a visita?

R. - Essencialmente, haverá uma homenagem às memórias da deportação e do ataque à Sinagoga. Em seguida, a cerimônia terá lugar dentro do Tempo com uma entrada muito longa, no sentido de que, precisamente por desejo do Papa, ele mesmo vai parar para apertar a mão do maior número de pessoas possível. Em seguida, haverá discursos oficiais.

P. - E quais pessoas da comunidade encontrará o Papa durante sua visita?

R. - Ele vai encontrar os representantes das organizações e instituições que se ocupam dos vários setores organizativos, representativos e educativos da comunidade; Ela irá encontrar também representantes do judaísmo mundial que vêm especialmente para a ocasião; muitos rabinos, sejam italianos, sejam israelenses, e o presidente dos Rabinos europeus.

P. – Também os ex-deportados?

R. – Certamente.

P. – Quais as diferenças com as visitas dos predecessores do Papa Francisco?

R. - Cada um desses Papas tem sua própria personalidade e se coloca em um momento histórico diferente. Assim, a primeira visita de João Paulo II foi um acontecimento memorável, revolucionário; a segunda visita quis sinalizar um desejo de continuidade no estilo próprio de Bento VI, de se relacionar com o judaísmo. E esta terceira representa de alguma forma o estilo deste Papa: a sua história e o seu caráter.

P. - Neste particular momento histórico, qual a mensagem que virá deste encontro?

R. - Eu acho que devemos enviar uma mensagem fundamental, de que as diferenças religiosas são uma riqueza para a sociedade, trazem a paz, trazem progresso e, portanto, falando de modo oposto ao que está acontecendo com outros alarmantes sinais provenientes de outros mundos religiosos. (SP)








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