2016-01-12 19:03:00

Cabo Verde pugna pela paz e a estabilidade - Embaixador A. Veiga


Vindo a Roma para o tradicional encontro do Papa com o Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, o Embaixador de Cabo Verde, Antero Veiga que é também Ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento Territorial, deu uma ampla entrevista à Secção Portuguesa da Rádio Vaticano em que aborda diversas questões: desde um comentário ao discurso do Papa, ao desafios das eleições gerais que Cabo Verde vai enfrentar este ano; à questão das casas para as vítimas da erupção vulcânica em Chã das Caldeiras; às políticas relacionadas com o clima em Cabo Verde; e à aplicação do Acordo Quadro sobre o Estatuto Jurídico da Igreja em Cabo Verde assinado entre o Estado cabo-verdiano e a Santa Sé. 

Na rubrica "África Global desta terça-feira, 12 de Janeiro, emitimos na rubrica "África Global" a primeira parte da conversa em que o Embaixador afirma, na linha do discurso do Papa, que Cabo Verde pugna pela paz, a estabilidade, e o desenvolvimento sustentável. Além disso, como país de matriz cristão-católica está aberta ao diálogo com as outras religiões e procura preservar o país dos terrorismo que afecta o mundo. 

Do discurso do Papa leva ainda a Cabo Verde a mensagem de continuar a não ser indiferente aos que se vêem obrigados a deixar as próprias terras para procurar melhores condições de vida noutras paragens. 

Oiça aqui a primeira parte da entrevista relativa ao discurso do Papa, às políticas migratórias em Cabo Verde e à possível visita do Papa ao arquipélago. 

Pode também ouvir na íntegra a entrevista com todas as outras questões acima indicadas: 

Ou ainda ouvi-la por partes, a começar pela relativa ao três ciclos de eleições que Cabo Verde vai enfrentar este ano.  O Embaixador considera que a campanha começou cede e que ele foi alvo de acusações vis, difamatórias e inaceitáveis. Por isso, apresentou queixa-crime na Procuradoria Geral da República e o processo está a seguir o seu curso. 

É que enquanto Ministro do Ambiente, foi acusado de ter desviado fundos para o cuidado ambiental, mas ele diz estar tranquilo e a continuar o seu trabalho, pois essas acusações surgiram no quadro das eleições, talvez para tentar "aniquilar politicamente um potencial candidato, uma coisa qualquer e não é por isso que se deve aceitar acusações desse tipo". 

Quanto à sua aventada candidatura a Presidente da Câmara da Praia, diz que ainda é cedo para se pronunciar.

Outro assunto abordado com o Ministro do Ambiente, Habitação e Ordenamento Territorial foi a questão da construção de casas para os habitantes de Chã das Caldeiras que foram vítimas da erupção vulcânica 2014/2015. 

O Ministro não considera que haja demora na resposta do Governo a esta problemática. Só que o assunto é complexo, leva tempo e requer imensos meios financeiros. De qualquer forma, tudo o que se pode fazer está a ser feito. E recorda que New Orleans, nos Estados Unidos, que foi vítima do furação Catherina, levou 10 anos a reconstruir-se. Considera ainda que os 300 mil contos recolhidos mediante o acrescimento do IVA em 2015 de 0,5% é insignificante se comparado com os meios necessário para a reconstrução dos assentamentos populacionais. De qualquer modo, um relatório vai ser apresentado no próximo dia 16 e conta-se com os bons ofícios da ONU para obter os fundos prometidos internacionalmente e que ainda não foram disponibilizados. 

Quanto à cimeira mundial de Paris sobre o clima em que o Ministro tomou parte, Antero Veiga explica que Cabo Verde, enquanto membro da Aliança dos Pequenos Estados Insulares defendeu a posição de não ultrapassar 1,5% de emissão de gazes estufa e isso foi referenciado no relatório final. Além disso levou propostas da política de energias renováveis, captação de águas, plantação de árvores, etc. que o arquipélago está a promover para mitigar a emissão de gazes e adaptar-se às mudanças climáticas. 

Finalmente, no que toca à aplicação do Acordo Geral sobre o Estatuto Jurídico da Igreja Católica em Cabo Verde, na qualidade de Embaixador junto da Santa Sé, Antero Veiga disse que está a caminhar e que já foi publicada a Lei da Liberdade Religiosa em Cabo Verde e daí se passará depois a outras acções complementares. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 








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